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Após registrar caso autóctone, SP terá campanha extra de vacinação contra sarampo

O Ministério da Saúde prepara, a partir de 10 de junho, uma campanha extra de vacinação contra o sarampo. São Paulo, que não tinha registros de circulação do vírus internamente desde 2015, registrou o primeiro caso autóctone, quando a infecção ocorre no local de residência do doente.

Segundo a pasta, os detalhes da campanha serão divulgados em coletiva de imprensa, ainda sem data. Em nota, o Ministério informou que “pela primeira vez, o Governo Federal estabeleceu a cobertura vacinal como meta prioritária para a gestão de Saúde no País”.

“Na agenda de prioridades, foi lançado, em abril deste ano, o Movimento Vacina Brasil, com ações coordenadas pelo Ministério da Saúde para reverter o quadro de queda das coberturas vacinais no país registrado nos últimos anos”, declarou.

Caso em São Paulo

Antes da confirmação do caso autóctone em São Paulo, a secretaria havia divulgado três casos diagnosticados na cidade, mas as infecções ocorreram na Noruega, em Malta e em Israel. O registro autóctone aumenta o nível de alerta, porque é o primeiro indício de que o vírus já pode estar circulando no município.

Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria Estadual da Saúde o paciente é um professor universitário de 48 anos, que foi hospitalizado mas que “evolui para cura”. Já os quatro novos casos importados da doença também confirmados nesta semana ocorreram todos na mesma família. Os pacientes, com idades entre 12 e 42 anos, moram na mesma casa que o doente infectado em Israel.

Embora a transmissão intrafamiliar tenha ocorrido dentro de São Paulo, a secretaria informou que, pelos critérios epidemiológicos do Ministério da Saúde, os casos foram considerados importados por estarem relacionados a uma infecção importada localizada (a de Israel).

Tanto no caso autóctone quanto nos importados, os pacientes não eram vacinados contra o sarampo, de acordo com o documento do CVE.

Há ainda 92 casos suspeitos em investigação. Nenhuma morte foi registrada.

Além dos oito registros na capital paulista, 20 infecções já haviam sido confirmadas em Santos, na Baixada Santista, todas decorrentes de um surto que atingiu o navio MSC Seaview em fevereiro. Do total de vítimas no cruzeiro, 17 eram tripulantes, dois eram passageiros e um era profissional de saúde. Todos passam bem.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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