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Após morte no Recanto, GDF diz que vai mapear crimes contra ciclistas

Grupo pediu políticas de segurança efetiva para quem anda de bicicleta. Governo diz que serão mapeadas as regiões mais inseguras.

Em homenagem, grupo prende fitas pretas em bicicletas como protesto (Foto: Gabriel Luiz/G1)
Em homenagem, grupo prende fitas pretas em bicicletas como protesto ao ciclista que morreu vítima de latrocínio no DF (Foto: Gabriel Luiz/G1)

O governo do Distrito Federal anunciou nesta terça-feira (29) a criação um mapeamento para identificar as áreas de maior risco para os ciclistas da capital. A ideia é criar “manchas criminais”, que servirão como base para intensificar o policiamento em pontos estratégicos. No domingo (27), um ciclista foi morto com um tiro no rosto após um assalto na DF-001, no Recanto das Emas.

A medida foi anunciada após reunião no Palácio do Buriti entre o governador Rodrigo Rollemberg e representantes de ONGs e grupos de bike. O governador do DF não concedeu entrevista sobre o assunto. No encontro, o grupo que representa a comunidade reivindicou políticas efetivas para garantir mais segurança aos usuários de bicicletas.

A secretária interina de Segurança Pública, Isabel Figueiredo, diz que o levantamento de crimes relacionados a ciclistas é inédito na pasta. “Decidimos algumas medidas de segurança pública, como a questão de roubos e furtos das bicicletas. Queremos aproximar a Polícia Militar dessa comunidade, criando mapas criminais para uma ação efetiva. Uma segunda medida importante é o cadastro das bicicletas furtadas e roubadas”, declarou.

Um dos coordenadores da associação DF Entorno de Ciclismo, Marcos Pimenta, diz que o grupo se reuniu para buscar mais segurança para os ciclistas. Entre as propostas, está a criação de um “telebike” – ferramenta de comunicação para auxilar os ciclistas em roubos e acidentes.

“Estamos vendo ciclistas serem assassinados e assaltados por conta da facilidade de se vender uma bicicleta em troca de drogas, por exemplo. Viemos até o governo para que não tenhamos mais perdas de vida. O ciclista hoje enfrenta dois tipos de insegurança: o trânsito e os assaltos. Ele aprendeu a andar com o olho nas costas. Somos cerca de 100 mil ciclistas no DF hoje, e temos que dar um basta nessa situação”, diz Pimenta.

Olhar mais próximo
A secretária de Segurança afirma que, além da identificação dos “pontos críticos” de violência, o governo deve atuar na prevenção, evitando acidentes e crimes contra grupos que promovem rotas de ciclismo. “Queremos acompanhar os passeios ciclísticos e eventos, para dar mais segurança a essa comunidade”, diz Isabel.

O ciclista Alex Aleixo de Paula, do grupo PedalaGama, diz que o comandante do batalhão da região adotou uma política de “aproximação” entre policiais militares e ciclistas, aumentando a sensação de segurança de quem pedala nos caminhos mais conhecidos.

“Costumamos fazer o pedal na parte da noite, o que é mais perigoso, mas com o policiamento nos sentimos mais seguros. Não zera, mas melhorou muito. Seria ótimo poder expandir isso para todo o DF”, diz.

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