Grupo pediu políticas de segurança efetiva para quem anda de bicicleta. Governo diz que serão mapeadas as regiões mais inseguras.
O governo do Distrito Federal anunciou nesta terça-feira (29) a criação um mapeamento para identificar as áreas de maior risco para os ciclistas da capital. A ideia é criar “manchas criminais”, que servirão como base para intensificar o policiamento em pontos estratégicos. No domingo (27), um ciclista foi morto com um tiro no rosto após um assalto na DF-001, no Recanto das Emas.
A secretária interina de Segurança Pública, Isabel Figueiredo, diz que o levantamento de crimes relacionados a ciclistas é inédito na pasta. “Decidimos algumas medidas de segurança pública, como a questão de roubos e furtos das bicicletas. Queremos aproximar a Polícia Militar dessa comunidade, criando mapas criminais para uma ação efetiva. Uma segunda medida importante é o cadastro das bicicletas furtadas e roubadas”, declarou.
“Estamos vendo ciclistas serem assassinados e assaltados por conta da facilidade de se vender uma bicicleta em troca de drogas, por exemplo. Viemos até o governo para que não tenhamos mais perdas de vida. O ciclista hoje enfrenta dois tipos de insegurança: o trânsito e os assaltos. Ele aprendeu a andar com o olho nas costas. Somos cerca de 100 mil ciclistas no DF hoje, e temos que dar um basta nessa situação”, diz Pimenta.
Olhar mais próximo
A secretária de Segurança afirma que, além da identificação dos “pontos críticos” de violência, o governo deve atuar na prevenção, evitando acidentes e crimes contra grupos que promovem rotas de ciclismo. “Queremos acompanhar os passeios ciclísticos e eventos, para dar mais segurança a essa comunidade”, diz Isabel.
O ciclista Alex Aleixo de Paula, do grupo PedalaGama, diz que o comandante do batalhão da região adotou uma política de “aproximação” entre policiais militares e ciclistas, aumentando a sensação de segurança de quem pedala nos caminhos mais conhecidos.
“Costumamos fazer o pedal na parte da noite, o que é mais perigoso, mas com o policiamento nos sentimos mais seguros. Não zera, mas melhorou muito. Seria ótimo poder expandir isso para todo o DF”, diz.