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Após demissão de secretário, porta-voz nega desmonte da Secom

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, negou, nesta quarta-feira (14), a informação de que o governo teria decidido acabar com a chamada Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do Palácio do Planalto.

Os boatos começaram após, na última terça-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (PSL)demitir o secretário de Imprensa, Paulo Fona, que estava há amenos de uma semana no cargo. No mesmo dia, foi anunciado que Barros deixaria a estrutura da Secom e exerceria a posição de porta-voz na Secretaria de Governo.

Apesar dos fatos, no entanto, Barros garantiu que a Secom permanecerá existindo. “Quando eu comentei sobre as atribuições do porta-voz, eu disse que o atendimento diário da imprensa será responsabilidade da secretaria de Imprensa, enquanto o porta-voz se dedicará à vocalizar o pensamento do presidente. Por consequência, não há nenhum estudo sobre retirar o cargo de secretário de Imprensa”, afirmou.

Pelo cargo de Fona já passaram um militar e dois jornalistas. Ele havia pedido demissão de um outro emprego para ocupar o cargo no governo federal. A decisão  de demiti-lo teria sido do próprio Bolsonaro que, ao avaliar o histórico profissional do secretário, formado em jornalismo, avaliou que a relação seria incompatível. Fona já trabalhou para o MDB, PSDB e PSB.

Dentro do governo existe uma queda de braço pelo controle da  comunicação oficial. O porta-voz é constantemente atacado pela proximidade que tem com a imprensa e por defender os cafés da manhã com jornalistas, que têm se tornado comuns aqui dentro do Palácio do Planalto. Apesar da críticas de aliados, o próprio presidente já avisou que não vai suspender os encontros. Na semana passada, Bolsonaro disse que nenhum outro presidente falava tanto com a imprensa e que pretende manter essa atitude.

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