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Após 7 anos de obras, Régis Bittencourt inaugura duplicação na Serra do Cafezal

 

Novas pistas na Serra do Cafezal, na Rodovia Régis Bittencourt, possuem 30,5 quilômetros que conectam os municípios de Juquitiba (SP) e Miracatu (SP)

Foi entregue nesta terça-feira, 19, a duplicação da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga as regiões Sul e Sudeste do País. O trecho inaugurado nesta terça fica na Serra do Cafezal, que concentra os trechos mais sinuosos da rodovia, e começou a ser feito em 2010.

Os 10 quilômetros entregues pela concessionária Autopista Régis Bittencourt, da Arteris, marcam a última etapa de abertura de novas pistas na Serra, de um total de 30,5 quilômetros que conectam os municípios de Juquitiba (SP) e Miracatu (SP). Os trechos vão do 349 km ao 354 km e do 357 km ao 362 km. A liberação total do tráfego, no entanto, só acontece nesta quarta-feira, 20, porque entre terça e quarta a administradora fará readequações de sinalização da pista antiga (que era de mão dupla) para torná-la de sentido único.

O trecho de 402,6 quilômetros da BR-116 sob responsabilidade do setor privado liga São Paulo a Curitiba, representando o principal eixo logístico entre as regiões Sul e Sudeste e também uma via de escoamento de mercadorias vindas de Argentina, Uruguai e Paraguai. De acordo com a Arteris, 127 mil veículos circulam diariamente na rodovia, sendo 60% desse tráfego composto por caminhões. Na Serra do Cafezal, o tráfego gira em torno de 25 mil veículos diários.

Serra do Cafezal

A melhoria das condições de circulação na Régis Bittencourt, apelidada de “rodovia da morte” na década de 1980, era esperada há pelo menos 40 anos. As obras na estrada começaram a tomar fôlego em 2008, quando a Autopista Régis Bittencourt assumiu a BR-116 após ter vencido leilão da segunda etapa de concessões federais, do governo Lula.

A duplicação da Serra do Cafezal começou a ser feita em 2010. Problemas com licenciamento ambiental, porém, atrasaram as obras, que demandaram investimentos de R$ 1,3 bilhão, com recursos do aporte de acionistas do Grupo Arteris (Abertis e Brookfield) e de linhas de financiamento de longo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As obras nos 30 quilômetros da Serra incluem ainda quatro túneis, três pontes, 36 viadutos e duas passarelas para pedestres.

Para se ter uma ideia do tempo do atraso, toda a rodovia, com 402 km de pista simples, de São Paulo e Curitiba, foi construída em cinco anos, a partir de 1961. Na década de 1990, a duplicação entrou no programa Avança, Brasil, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com a previsão de término em 2000. O processo de licenciamento da Serra foi um dos mais longos do Brasil e obrigou a que o projeto fosse refeito várias vezes para poupar, desde abrigos de animais como a onça-parda, até pequenas nascentes.

Ministros

Presente na cerimônia de entrega em Miracatu, no interior de São Paulo, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, disse que a entrega do último trecho da duplicação da Serra do Cafezal simboliza o Brasil que “queremos deixar para trás”. “Essa obra começou a ser pensada e executada em sua parte administrativa no século passado, na década de 1990. A entrega de hoje retrata o Brasil que queremos deixar para trás, o Brasil da burocracia, da lentidão, dos privilégios”, afirmou, em cerimônia organizada no Túnel 1 do trecho que acabou de ficar pronto.

Durante seu discurso, Moreira Franco reiterou que o governo de Michel Temer tem agido para superar os problemas do Brasil “do passado”.

Também participaram da entrega do trecho final duplicado o ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Maurício Quintella, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), César Borges, o presidente da Arteris, David Díaz, e outras autoridades locais.

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