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Apesar de alertas sobre ataques às urnas, Centrão avalia Bolsonaro ‘imprevisível’ na entrevista ao JN

Sem provas, Bolsonaro costuma atacar as urnas repetindo acusações já desmentidas por órgãos oficiais. Entrevista ao JN acontecerá na noite desta segunda (22).

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição — Foto: Carla Carniel/Reuters

A ala política da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição tem feito alertas a ele sobre evitar ataques às urnas, mas avalia como “imprevisível” a postura de Bolsonaro na entrevista a ser concedida nesta segunda-feira (22) ao Jornal Nacional.

Bolsonaro ataca as urnas e o processo eleitoral com frequência. Sem jamais ter apresentado provas, o presidente e seus aliados repetem acusações já desmentidas por órgãos oficiais.

A GloboNews apurou que integrantes do Centrão reforçaram nos últimos dias a Bolsonaro a orientação de evitar os ataques. Disseram ao candidato que esses ataques não rendem voto e podem prejudicá-lo, reduzindo em até 3 pontos percentuais as intenções de voto medidas pelas pesquisas.

Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostrou Bolsonaro em segundo lugar, com 32% das intenções de voto, atrás de Lula (PT), que aparece com 47%.

O colunista do g1 Valdo Cruz informou que, diante do resultado, a campanha de Bolsonaro decidiu apostar em duas frentes para tentar subir nas pesquisas: dizer que a economia está em recuperação e adotar a chamada “guerra santa”, priorizando a busca por votos do eleitorado evangélico.

Postura na entrevista

A GloboNews também apurou que, para integrantes do Centrão, embora Bolsonaro esteja “bem aconselhado” e pareça ter entendido a necessidade de abandonar os ataques às urnas, a postura do presidente será imprevisível na entrevista ao JN.

“Não tem como mudar o candidato, só aconselhá-lo bem”, afirmou um aliado do presidente.

Bolsonaro tem sido treinado a dar destaque às ações do governo na área social, falando diretamente para as pessoas que recebem o Auxílio Brasil. Com o aval do Congresso Nacional, o governo passou de R$ 400 para R$ 600 o valor do benefício.

A mudança foi feita às vésperas das eleições e vale somente para este ano. Ou seja, em janeiro de 2023, o valor volta a R$ 400.

O candidato à reeleição também tem sido treinado a reforçar outros números da economia, como a queda do desemprego para 9,8% e a redução do preço dos combustíveis.

A estratégia desenhada pela campanha é que, se abordar o tema das urnas, Bolsonaro diga o assunto está em discussão no Tribunal Superior Eleitoral e envolve o Ministério da Defesa e a Advocacia-Geral da União (AGU).

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