Embora sejam comprovadamente seguros, muitas pessoas ainda têm dúvida em relação à eficácia dos remédios genéricos. Com os anticoncepcionais não é diferente. Enquanto uma pílula considerada “de marca” pode custar até R$ 60,00, a versão genérica, feita com os mesmos princípios ativos, custa R$ 20,00 – três vezes mais barata. Mas, será que a economia vale a pena? Eles são seguros de verdade?
Como é um medicamento genérico?
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Para compreender como são as medicações genéricas, é preciso entender como surge um remédio. Depois de pesquisas, uma farmacêutica cria uma fórmula capaz de tratar determinada doença e a ela dá um nome. Esse é o conhecido “remédio de marca”.
Para evitar que a empresa coloque o preço que quiser na medicação, tornando-o inacessível para muitos, o Ministério da Saúde impede a patente das fórmulas. Então, outros laboratórios, com menor custo, produzem outro remédio feito com os mesmos princípios ativos.
O que torna, então, um medicamente genérico são os testes de bioequivalência feitos pelas entidades reguladoras de saúde. Neles, elas analisam as características da fórmula, a absorção e os efeitos da substância e, então, autorizam a comercialização com o selinho amarelo.
Medicamento similar
É importante, no entanto, não fazer confusão com o remédio similar que, embora seja composto pelo mesmo princípio ativo, não passou pelo processo de análise de bioequivalência para constatar se eles agem da mesma forma ou não.
Anticoncepcional genérico
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Com os anticoncepcionais não é diferente. De acordo com Daniel Freire, assessor médico da farmacêutica Sandoz e endocrinologista, especialista que cuida do metabolismo e da produção hormonal, os anticoncepcionais genéricos são considerados bioequivalentes ao produto referência. “Isto é, as concentrações atingidas no sangue após a ingestão dos dois produtos são semelhantes”, explica.
Por isso, o especialista garante que a escolha por um ou outro não aumenta ou tampouco reduz o efeito da pílula e os efeitos colaterais oriundos do seu uso.