Controles com França, Suíça e Áustria, previstos para terminar em 15 de maio, serão estendidos até junho, mas travessias serão reabertas
A Alemanha começará a afrouxar alguns dos controles de fronteira introduzidos para reduzir a propagação do novo coronavírus a partir de sábado 16, visando ter o fluxo de viagem para a Europa liberado a partir de 15 de junho, disse o ministro do Interior, Horst Seehofer, nesta quarta-feira, 13.
Seehofer afirmou que os controles gerais de fronteira acordados com França, Suíça e Áustria, previstos para terminar em 15 de maio, serão estendidos até 16 de junho, mas o maior número possível de travessias será reaberto.
“O objetivo é que, a partir de meados de junho, queremos ter livre trânsito na Europa”, disse ele, acrescentando que os controles podem ser reimpostos se houver novos surtos.
A Alemanha é um dos países com mais casos em todo o mundo: são 173.289 pessoas infectadas, segundo a Universidade Johns Hopkins. O país, contudo, tem uma das mais baixas taxas de mortalidade da Europa, e 7.756 óbitos.
Turismo
Nesta quarta, o comissário para a Economia da União Europeia (UE), Paolo Gentiloni, prometeu que o continente terá uma temporada de turismo neste verão. Atualmente, todas as fronteiras do bloco estão fechadas, mas já com planos para reabertura.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a Comissão Europeia planeja recomendar um plano que autorizará viagens em meio à pandemia. O projeto deve permitir a reabertura de fronteiras entre países com perfis de risco de coronavírus similares.
“As restrições às viagens serão levantadas primeiro entre áreas com uma situação epidemiológica análoga e onde existam capacidades suficientes em termos de hospitais, testes, vigilância e rastreamento de contatos”, afirmou um documento citado pelo Guardian, vazado pelo site Euractiv.
Anteriormente, a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, havia dito que “corredores turísticos” – acordos de abertura de fronteiras entre estados membros – poderiam ser um risco. Mas agora autoridades estão preocupadas em resgatar o setor de turismo, que é responsável por 10% da economia do bloco e emprega 12% de todos os trabalhadores registrados.