É impossível saber tudo sobre o espaço, mas cinco descobertas feitas neste ano podem ajudar na compreensão
A Nasa confirmou nesta segunda-feira, 26, pela primeira vez, a existência de água na parte iluminada da Lua. A novidade vem no rastro de outras descobertas fascinantes para a astronomia (e para a humanidade) que aconteceram em 2020 — de planetas do tamanho da Terra a sinais de existência de vida em Vênus.
Confira, abaixo, cinco descobertas astronômicas sobre o espaço e o universo:
Exoplaneta do tamanho da Terra
Logo no começo de 2020, em 6 de janeiro, a Nasa anunciou a descoberta de um planeta do tamanho da Terra que fica próximo de uma estrela e em uma zona habitável, ou seja, ele fica em uma posição que favorece a presença de água em estado líquido — condição essencial para vida como a conhecemos.
O “TOI 700 d” fica a 100 anos-luz e foi identificado pelo satélite Tess, que procura planetas parecidos com o nosso.
Neutrinos indo e vindo
No começo deste ano, um grupo de cientistas encontrou uma anomalia em neutrinos tau, partículas de alta energia, mais pesadas, saindo ao contrário da Terra.
Ibraham Safa, um dos autores da pesquisa, postou em seu perfil no Twitter que “os neutrinos foram provavelmente um resultado de nossos entendimentos imperfeitos do gelo da Antártica, mas há uma chance de que um novo fenômeno da física seja o responsável”, mas que, não necessariamente, se trata de um novo universo paralelo descoberto pela humanidade. “Os eventos da Anita são interessantes, mas estamos longe de garantir que há uma nova física, quem dirá um universo inteiro”, tuitou ele.
Gêmeo de Netuno
Em 24 de junho, a agência espacial americana divulgou a descoberta de outro planeta, que também foi um feito viabilizado pelo Tess. O planeta encontrado tem o tamanho de Netuno e ele circula uma estrela, assim como a Terra faz órbita no Sol.
O planeta está ainda mais próximo do que o TOI 700 d. Ele fica a 31,9 anos-luz de distância e está em uma constelação chamada Microscopium. Ele fica na órbita da AU Microscopii, uma estrela-anã vermelha que é considerada jovem, apesar de seus quase 30 milhões de anos.
Vida em Vênus
Em setembro deste ano, pesquisadores encontraram sinal de vida em Vênus, que fica a cerca de 41 milhões de quilômetros distante da Terra, o planeta mais próximo do nosso. Segundo eles, a presença de vida no local pode existir graças a existência de gás de fosfina na atmosfera do planeta.
A fosfina, um gás altamente tóxico, é composto de hidreto de fósforo e é comumente utilizado em inseticidas na Terra, uma vez que não é encontrado em seu estado natural por aqui.