A vítima foi feita refém no momento em que servia a refeição dos internos. Procurado, o diretor da unidade preferiu não comentar o assunto
Internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, atearam fogo em colchões e fizeram uma servidora de refém na noite dessa segunda-feira (21/8). O ato ocorreu no momento em que as refeições estavam sendo servidas nos alojamentos da unidade. Cerca de 80 menores participaram da rebelião. Hoje, a situação ainda é preocupante. Segundo Roberto Conte, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo do Estado de Goiás (Sindsse/GO), nesta manhã, agentes perderam o controla e já há adolescentes feridos. A Polícia Militar do Goiás deve invadir o local.
Novas regras
Roberto Conte, do Sindsse/GO, o motivo da rebelião são as novas regras impostas pela direção da unidade. Desde a semana passada, a direção exigiu a presença de ao menos um servidor – homem ou mulher – dentro da ala dos menores. Isso, segundo os internos, tira a privacidade e causa desconforto. Além disso, há uma nova escala de trabalho a ser cumprida pelos funcionários – 12h por 36h – o que, segundo o presidente, também tem estressado os menores. “Esse caso de Formosa não é pontual, é corriqueiro em Goiás. As unidades estão depredadas , as condições de trabalho são péssimas e há descaso das autoridades”, afirmou.