Os principais nomes do PSDB nacional reagiram à articulação de deputados do partido para implodir a candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG) à presidência da Câmara, em favor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador José Serra (PSDB-SP) deflagraram uma operação para conter os dissidentes e assegurar a manutenção da candidatura do pessebista e o bloco que hoje o sustenta.
desta terça-feira (27) mostra que os partidos que sustentam o nome de Delgado para o comando da Casa (PSDB, PPS, PSB e PV) articulam um desembarque em bloco de sua candidatura.
A chapa de Eduardo Cunha seria o destino dessas siglas, o que garantiria uma vitória do peemedebista em um turno só e daria à oposição a chance de alijar o PT dos principais cargos da Câmara.
“Nós acertamos em dezembro o apoio ao Júlio por entender que era o melhor para a Câmara e para o país. E é isso o que está valendo até aqui”, disse Aécio.
. “Faremos uma reunião na sexta-feira (30) para definir o assunto e a decisão que prevalecer será a do partido. Eu reafirmo o compromisso que temos com Júlio e vou defender essa posição internamente”, finalizou.
apuramos que FHC entrou em contato com aliados ainda na noite desta segunda-feira (26) manifestando sua “inquietação” com o movimento pró-Cunha. Nesta terça (27), ele falou com Aécio e defendeu um engajamento forte das lideranças do partido contra a articulação que visa dar ao peemedebista vitória já no primeiro turno da disputa na Casa.
FHC também conversou sobre o assunto com José Serra. O senador paulista teria dito que é um “absurdo o partido priorizar a derrota do PT ao que é melhor para o país”.
Alckmin foi acionado por Aécio no início da tarde desta terça e disse ao mineiro que ligará pessoalmente aos 14 deputados da bancada paulista para demovê-los da operação desembarque e lembrá-los de que ele próprio deu apoio à candidatura de Júlio.
Fonte: uol