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Adolescente reconhece carro usado por Marinesio no dia em que foi estuprada

Menina diz ter certeza do veículo por causa do banco estampado. Agora, ela segue até a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) para fazer o reconhecimento facial do acusado

O cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, é assassino confesso de Letícia Curado, 26 e Genir Sousa, 47
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

“É aquele carro. Eu reconheci pelo banco ser estampado”, garante a adolescente de 17 anos que diz ter sido vítima de Marinesio dos Santos Olinto, 44. Após reconhecer o veículo, a menina foi recepcionada pela família. Recebeu o abraço da irmã de 18 anos e da mãe. A família aguarda para ser levada ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) para, agora, reconhecer pessoalmente o acusado.

Mãe da adolescente, a desempregada de 42 anos confirmou o reconhecimento da filha. “Quando nós chegamos aqui na delegacia, ela disse ‘mãe, é aquele carro’. Ela tem certeza. A outra vítima se desesperou lá dentro (da delegacia), chorou, assim como a minha filha”, reforçou.

A mulher disse que, na véspera do reconhecimento, na quarta-feira (4/9), a filha teve de ter ajudada pela mãe para não se auto-mutilar. “Ela está sofrendo muito. Eu disse ‘filha, não faça isso comigo’. Eu lembrei a ela que a dor que ela sente é a mesma que a minha”, frisou.

A adolescente confirma ter sido estuprada por Marinesio em 1º de abril, quando desceu em um ponto de ônibus do Itapoã para seguir para o trabalho. O homem teria se aproximado e oferecido carona, mas a menina recusou por estar próxima à regional de ensino, onde atuava como adolescente aprendiz. Ele, então, teria a ameaçado com uma faca e a obrigado a entrar no carro.

Segundo a vítima, Marinesio a levou para uma região afastada, a estuprou e, depois, a expulsou do carro. “Só lembro dele ter me chamado de lixo”, lamentou. “Para mim, no momento em que eu vi do carro, foi como se eu estivesse vendo tudo de novo”, complementou a adolescente. Ela não esconde o nervosismo de estar cara a cara com o suspeito. “Vai ser um momento difícil, mas eu espero que ele pague pelo que ele fez.”

Casos reabertos

A Polícia Civil reabriu mais três casos de desaparecimento de mulheres no Distrito Federal na segunda-feira (2/9). De acordo com os investigadores, a forma de agir de Marinésio se enquandra no modo como as vítimas sumiram. Dois casos ocorreram em 2013 e, os demais, em 2015;

O cozinheiro também é indicado como autor no desaparecimento da empregada doméstica Gisvania Pereira dos Santos, 33. A mulher sumiu em 6 de outubro do ano passado, em um posto de gasolina na BR-020, em Sobradinho. Ao prestar depoimento na Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS), em 29 de agosto, ele negou ter praticado o crime. No entanto, o envolvimento de Marinésio não foi descartado pelos investigadores.

A Polícia Civil também decidiu reabrir a investigação sobre a morte de Carolina Macedo Santos, 15 anos. A adolescente era amiga da filha de Marinésio e vizinha da família. Ela foi encontrada morta no Lago Paranoá, em 17 de maio de 2018, com sinais de estrangulamento.

 

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