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Acidente na EPGU: ‘Não consigo acreditar’, diz homem que perdeu pai e irmão

O estudante Carlos Eduardo Sousa, 26 anos, é filho de Vicente Cristiano de Sousa, 75, e irmão de Marcos de Sousa, 18

Carlos Eduardo se desesperou ao encontrar os corpos do pai e do irmão. Crédito: Minervino Junior/Correio Braziliense
Carlos Eduardo se desesperou ao encontrar os corpos do pai e do irmão. Crédito: Minervino Junior/Correio Braziliense
O estudante Carlos Eduardo Sousa, 26 anos, soube pelos vizinhos que o pai e o irmão haviam se envolvido em um acidente de trânsito grave na Estrada Parque Guará (EPGU). Era por volta das 10h30. Saiu de casa, no Guará 2, e dirigiu em alta velocidade até o local da colisão. Lá, encontrou os corpos do pai, Vicente Cristiano de Sousa, 75 anos, e do irmão, Marcos de Sousa, 18. Desesperado, colocou as mãos no rosto: “Meu Deus, meu pai, meu irmão. Não consigo acreditar.”

Policiais civis e militares o acalmaram. Assim que se tranquilizou, Carlos Eduardo se sentou no asfalto e mandou notícias para a mãe, a dona de casa Maria Ivoneide Sousa, 54. “Nesse horário, ela (a mãe) passou por aqui e contou que havia um engarrafamento por causa de um acidente. Nunca imaginei que seriam meu pai e meu irmão”, relatou.
O acidente aconteceu no viaduto da EPGU, em direção ao Zoológico. Segundo o Corpo de Bombeiros, o Escort GLX guiado por Vicente Cristiano perdeu o controle e capotou duas vezes antes de atingir a mureta de proteção. Não chovia. O carro ficou com a parte da frente destruída e as portas, amassadas. Pelo chão, era possível encontrar peças do veículo, além do para-brisas inteiro sobre o meio-fio.
O major Ronaldo Reis, do Corpo de Bombeiros, adiantou que existe a possibilidade de o motorista ter sido acometido por um mal súbito. De acordo com testemunhas, Vicente Cristiano não sofreu nenhuma fechada. “A vítima tinha problemas cardíacos e usava marcapasso. Porém, só após a perícia será possível chegarmos a uma conclusão”, explicou o oficial. Por causa da colisão, as duas mãos da pista ficaram congestionadas. Além dos bombeiros e da equipe do Samu, policiais civis e militares trabalharam no local. No total, cerca de 30 servidores atenderam ao chamado.

 
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