Nesta sexta-feira (24), o pré-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT), divulgou um comunicado em suas redes sociais criticando notícia-crime apresentada pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas brasileiras após posicionamentos do ex-ministro.
Na quinta-feira (23), o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira apresentou, junto aos comandantes das Forças Armadas, uma notícia-crime à Procuradoria Geral da República (PGR), contra Ciro Gomes. A ação foi motivada por declarações do político em entrevista à Rádio CBN na quarta-feira (21). Na entrevista, Ciro Gomes afirmou que as Forças Armadas são coniventes com a atuação de organizações criminosas na Amazônia.
“Não é admissível, em um Estado democrático, que sejam feitas acusações infundadas de crime, sem a necessária identificação da autoria por parte do acusador e sem a devida apresentação de provas, ainda mais quando dirigidas a instituições perenes do Estado brasileiro”, diz a nota do Ministério da Defesa.
5. Afirmei – e reafirmo – que frente à desenvoltura com que um tipo de estado paralelo age na área, é impossível não imaginar que alguns membros das forças de segurança possam estar sendo coniventes por dolo ou omissão.
— Ciro Gomes (@cirogomes) June 24, 2022
O pré-candidato também especulou que essa ação poderia ser fruto de pedidos do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), e afirmou que os recentes pedidos do Executivo para que militares fiscalizem urnas eletrônicas é “improbidade administrativa” e “passível de punição legal”.
9. Não me surpreende que a iniciativa desta ação política contra mim – e contra a minha pré-candidatura – parta de um Ministro da Defesa que, possivelmente obedecendo ordens de seu comandante supremo, vem se notabilizando por tentativas de interferência no processo político.
— Ciro Gomes (@cirogomes) June 24, 2022