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A ‘coleção’ de confusões de Glauber Braga, deputado que expulsou membro do MBL

Glauber Braga retira integrante do MBL da Câmara — Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados/ Reprodução

Se Arthur Lira decidir enviar ao Conselho de Ética o pedido de cassação do PL contra Glauber Braga (PSol-RJ), o deputado que expulsou a pontapés um integrante do MBL da Câmara nesta semana, será a segunda representação que Braga responderá em 2024. E a quinta do deputado dos últimos seis anos na Câmara.

Braga já responde no Conselho de Ética por um pedido de cassação do PL por ter empurrado e dados puxões com o objetivo de expulsar o colega Abílio Brunini (PL-MT) em novembro do ano passado da comissão que tratava da guerra entre Israel e Faixa de Gaza.

Em 2023, Glauber Braga se envolveu em polêmica ao bater boca com Eduardo Bolsonaro (PL-SP) numa discussão sobre as remessas de joias dadas pelo governo da Arábia Saudita. Na discussão, Braga acusou a extrema direita de “sentar no colo de príncipe saudita”. O caso foi arquivado sem punições ao parlamentar.

Já em 2022, Glauber Braga trocou farpas com ninguém menos que Arthur Lira e também foi parar no Conselho de Ética em representação novamente apresentada pelo PL. Durante uma sessão no plenário, Braga perguntou a Lira:

— Eu queria saber se o senhor não tem vergonha. Gostaria de saber se o senhor não tem vergonha.

À época, Lira endureceu o discurso, avisou ao deputado que não seria desrespeitado e disse:

— Vossa Excelência não pode fazer isso. O senhor pode perder a liderança se faltar com respeito do mesmo jeito. Lhe peço só que se contente. Não vou lhe calar. Faça suas críticas, faça seus comentários, mas não venha com palavras de baixo calão, porque só falta o senhor chamar qualquer deputado para briga neste plenário. O senhor está exagerando há muito tempo. Então, se atenha ao que é justo, mantenha o respeito necessário. Se o senhor faltar com respeito, não lhe darei a palavra. O senhor vai ao Supremo [Tribunal] Federal buscar o direito que o senhor quer.

Mas o caso também acabou arquivado pelo Conselho de Ética, assim como o outro registrado em 2019, quando o então PSL pediu a cassação de Braga por ter chamado Sérgio Moro — que à época era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro — de “juiz ladrão”.

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