Virou notícia nacional a queda do viaduto da Galeria dos Estados, no dia 5 de Fevereiro, a tragédia comprovou que Brasília precisa de maiores cuidados. Essa queda é um sinal comprobatório que não há gestão preventiva, nossos governantes trabalham tampando buracos e procuram meios demonstrativos para angariar votos, negociando espaços no executivo e mantendo uma base inefetiva na Câmara Legislativa.
No dia 8 de fevereiro, três dias após a queda do viaduto, o local contou com a presença de três deputados distritais: Raimundo Ribeiro (PPS), Celina Leão (PPS), Sandra Faraj (SD) e Wellington Luiz (PMDB), vice-presidente da Casa.
“Viemos aqui hoje escutar as pessoas”, explicou Luiz.
Três dias após a queda, não havia muitas pessoas no local, mas no dia da queda do viaduto havia um verdadeiro tumulto, o Governador foi recebido no local com muitos gritos e vaias pelo público que assistia a tragédia. Se os deputados estivessem no dia, teria sido diferente?
Os deputados da Câmara Legislativa possuem o poder de fiscalizar o executivo, sob eles está uma procuração do povo que dá a eles pleno poder de representatividade. Já caminhamos mais de três anos de mandato e a legislatura está sendo marcada como a maior em atos de corrupção exposta.
Veja o histórico dos deputados que estiveram no local:
Celina Leão e Raimundo Ribeiro citados na operação Dracon onde o tribunal decidiu pelo não afastamento dos distritais, que continuarão exercendo suas funções na Câmara Legislativa do DF. Porém, agora, na condição de réus em ação criminal que investiga pedidos de propina para destinação de sobras orçamentárias de 2015, no valor de R$ 30 milhões, às empresas que possuíam contratos com o GDF.
Sandra Faraj (SD) é denunciada pelo MPDFT (operação Hemera que significa Deusa da Mentira) por se apropriar de verba indenizatória, na ação O MP pede a condenação da deputada ao pagamento de multa no valor R$ 426 mil, ao pagamento de indenização por danos morais ao Distrito Federal no valor de R$ 142 mil, a suspensão de direitos políticos por oito anos e a proibição de contratação com o poder público por cinco anos. Também foi pedido o bloqueio de bens de Sandra Faraj no valor de R$ 142 mil. A deputada também é denunciada pelo Ministério Público pelo crime de estelionato majorado. A denúncia aponta que a parlamentar fraudou notas fiscais e assinaturas para receber reembolso no valor de R$ 174 mil junto à Câmara Legislativa do DF, valor referente à prestação de serviços de publicidade e informática, mas que não foram pagos integralmente à empresa contratada, a Netpub. Assim, a acusada teria obtido vantagem ilícita de mais de R$ 142 mil.
Wellington Luiz foi denunciado pelo MPDFT alega que o parlamentar desviou cerca de R$ 105 mil, por meio de emendas parlamentares, para custear despesas de viagem particular. O MPDFT acusa Wellington pelas condutas de peculato e dispensa indevida de licitação. Para o Ministério Público, Wellington Luiz contribuiu para a contratação irregular de empresa para prestar treinamento a atletas do Varjão. O projeto previa a participação dos atletas em campeonato na Holanda, mas a verba foi utilizada para custear despesas de viagem do parlamentar, da esposa e de mais oito pessoas ao país. Veja também: https://globoplay.globo.com/v/3183243/
Wellington Luiz representa uma pequena parte da polícia civil, o parlamentar fez vista grossa no caso Sandra Faraj, preferiu ignorar as provas já obtidas pelo Ministério Público, Wellington foi um dos 5 parlamentares que votou a favor do arquivamento do processo da Deputada Sandra Faraj no conselho de ética.
O desdobramento político na Câmara Legislativa tem comprovado que Brasília não pode contar com os parlamentares, os três deputados citados nesta matéria já fizeram parte da base do governo e obtiveram espaços no executivo para alocar seu reduto eleitoral. Neste caso, o silêncio deles nesses anos justifica muita coisa.
Brasília precisa de uma reforma completa, o poder está em suas mãos.
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