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Maia defende unificação das polícias e critica intervenção no Rio

Maia lamentou que a situação do Rio de Janeiro tenha chegado ao ponto em que chegou e se disse preocupado com o uso dos recursos pelo governo estadual

Estadão Conteúdo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a fazer críticas à intervenção federal no Rio de Janeiro e defendeu a unificação das polícias. Segundo ele, a unificação deveria ser implementada, inicialmente, no âmbito das academias, sendo estendida posteriormente para as corporações.

“Teria um braço de prevenção e um braço de investigação, mas que estarão no mesmo sistema”, prosseguiu. “Você vai precisar ter hierarquia, mas não precisa ser militar”, emendou, depois de ter criticado, durante o seu discurso inicial, a falta de planejamento da intervenção militar no Rio.

Com voo marcado para São Paulo, o deputado teve dificuldades de deixar o local em que se realizava um evento organizado por entidades do setor de turismo, devido ao grande assédio para fotos e pedidos dos cerca de 300 participantes. Uma das abordagens tratou justamente da segurança, passando pela questão da intervenção federal.

Maia lamentou que a situação do Rio de Janeiro tenha chegado ao ponto em que chegou e se disse preocupado com o uso dos recursos pelo governo estadual em um momento que a produção de petróleo volta a crescer e, por consequência, aumenta a arrecadação com royalties. O deputado informou que pretende apresentar um projeto de lei para melhor utilização dos recursos provenientes da exploração petrolífera.

“Temos que ter uma política estadual, um fundo estadual para cumprir investimentos na área de transporte. Vou apresentar um, projeto de lei para ver em que condições esses royalties que o Rio vai receber não sejam usados de forma irresponsável”, declarou.

Eleições

Apesar das falas típicas de candidato, Maia desconversou sobre a eleição. Afirmou que ainda é cedo falar de nomes favoritos para a corrida e avaliou que a disputa só será decidida nos 15 dias que antecedem a eleição.

“Divido o campo da eleição entre os que têm responsabilidade fiscal e outros mais intervencionistas, o que gerou isso que vimos até 2016. A esquerda está dividida, não sabemos se o candidato de Lula vai liderar no Nordeste, ninguém sabe. Por isso, (o quadro de candidaturas) não unifica”, explicou. “A eleição será decidida nos últimos 15 dias, será mais uma condição de organizar palanques estaduais para dar sua mensagem”, concluiu.

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