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Confiança da construção cai 1,2 ponto em fevereiro ante janeiro, revela FGV

Apesar da queda nas expectativas, a satisfação dos empresários com a situação atual continua relativamente estável, conforme a FGV. Arquivo/Agência Brasil

 

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,2 ponto em fevereiro ante janeiro, alcançando 81,4 pontos. Segundo a FGV, a queda do indicador teve influência do menor otimismo dos empresários em relação às perspectivas de curto prazo. O Índice de Expectativas (IE) recuou 3,2 pontos, para 92,7 pontos, devolvendo a alta de janeiro. O otimismo dos empresários com a situação dos negócios nos seis meses seguintes diminuiu 3,3 pontos, para 94,9 pontos.

O coordenador da Sondagem da Construção, Itaiguara Bezerra, avalia que a redução do IE não indica uma mudança definitiva no humor dos empresários do setor, mas é um sinal de que o caminho a ser percorrido “não será fácil”.

“Após oito meses de altas consecutivas, o otimismo dos empresários arrefeceu. Houve um ajuste nas expectativas de curto prazo, mas, de modo geral, o empresariado ainda se mostra confiante com a situação corrente dos negócios”, disse Bezerra nesta segunda-feira, 26.

Apesar da queda nas expectativas, a satisfação dos empresários com a situação atual continua relativamente estável, conforme a FGV. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,6 ponto, para 70,5 pontos, o maior nível desde julho de 2015 (71,7 pontos).

Os dois quesitos que integram o subíndice avançaram: o indicador que mede o grau de satisfação com a situação corrente dos negócios teve alta de 0,6 ponto, para 73,7 pontos; e o de percepção em relação à carteira de contratos cresceu 0,7 ponto, para 67,5 pontos.

A melhora do ISA-CST foi puxada pelos segmentos de Infraestrutura e de Serviços Especializados: 0,8 e 1,9 ponto, respectivamente. Já o segmento de Edificações, teve uma queda de 0,1 ponto. “Mesmo com a tímida melhora da situação atual, o quadro ainda é de muita incerteza, principalmente política, o que reflete nas decisões de investimento, tanto do Governo quanto do setor produtivo.” avalia, Itaiguara Bezerra.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor da construção caiu 0,7 ponto porcentual, atingindo 65,5%. O Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos tiveram quedas da mesma magnitude.

A edição de fevereiro de 2018 coletou informações de 679 empresas entre os dias 1º e 22 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Construção ocorrerá em 26 de março de 2018.

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