O coordenador da Sondagem da Construção, Itaiguara Bezerra, avalia que a redução do IE não indica uma mudança definitiva no humor dos empresários do setor, mas é um sinal de que o caminho a ser percorrido “não será fácil”.
“Após oito meses de altas consecutivas, o otimismo dos empresários arrefeceu. Houve um ajuste nas expectativas de curto prazo, mas, de modo geral, o empresariado ainda se mostra confiante com a situação corrente dos negócios”, disse Bezerra nesta segunda-feira, 26.
Apesar da queda nas expectativas, a satisfação dos empresários com a situação atual continua relativamente estável, conforme a FGV. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,6 ponto, para 70,5 pontos, o maior nível desde julho de 2015 (71,7 pontos).
Os dois quesitos que integram o subíndice avançaram: o indicador que mede o grau de satisfação com a situação corrente dos negócios teve alta de 0,6 ponto, para 73,7 pontos; e o de percepção em relação à carteira de contratos cresceu 0,7 ponto, para 67,5 pontos.
A melhora do ISA-CST foi puxada pelos segmentos de Infraestrutura e de Serviços Especializados: 0,8 e 1,9 ponto, respectivamente. Já o segmento de Edificações, teve uma queda de 0,1 ponto. “Mesmo com a tímida melhora da situação atual, o quadro ainda é de muita incerteza, principalmente política, o que reflete nas decisões de investimento, tanto do Governo quanto do setor produtivo.” avalia, Itaiguara Bezerra.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor da construção caiu 0,7 ponto porcentual, atingindo 65,5%. O Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos tiveram quedas da mesma magnitude.
A edição de fevereiro de 2018 coletou informações de 679 empresas entre os dias 1º e 22 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Construção ocorrerá em 26 de março de 2018.