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Evangélicos lideram guinada conservadora na Câmara Legislativa

Resultado do último pleito revela que os eleitores se aproximaram de políticos de direita ou religiosos. No DF, acredita-se que representantes com esse tipo de perfil podem ganhar ainda mais espaço nas próximas eleições

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As eleições municipais revelaram uma guinada conservadora do eleitorado, com o crescimento de políticos de direita ou de perfil evangélico. A sinalização das urnas deve se refletir no Distrito Federal nas eleições de 2018. Representantes do segmento religioso se animaram com o resultado do último pleito e apostam na expansão da bancada na Câmara Legislativa. Na atual legislatura, que tem a maior representação de neopentecostais desde a criação da Casa, em 1990, foram apresentados 28 projetos de lei de conteúdo evangélico (veja quadro). Entre as propostas apresentadas desde 2015, estão iniciativas que dão anistia a dívidas de igrejas, facilitam a emissão de alvará para templos, obrigam a oferta de Bíblias em escolas públicas e privadas e concedem o título de cidadão honorário de Brasília a bispos e pastores.

A bancada evangélica da Câmara Legislativa também apresentou projetos que proíbem debates sobre gênero nas escolas e defendem a família tradicional. Entre as datas comemorativas propostas por esse segmento parlamentar, estão o dia do Cantor Gospel, do Comunicador Cristão e do Discipulador.

O bispo Robson Rodovalho, presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil e ex-deputado federal pelo Distrito Federal, acredita que a tendência expressa nas urnas “veio para ficar”. Ele faz uma conta para explicar por que a bancada religiosa tem grande potencial para crescer: “Somos 25% da população. Se somarmos os 15% de católicos comprometidos, são 40% dos brasileiros. Temos margem para avanço, e a confederação trabalha com a perspectiva de crescimento das bancadas no Congresso Nacional e nas assembleias estaduais, além da Câmara Legislativa.” “Estamos mostrando que é possível obter esse resultado, basta ter organização e não atropelar uns aos outros. Vamos trabalhar na engenharia de montagem das chapas, com cuidado na formação de coligações”, acrescenta Rodovalho.
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