O secretário de Estado da Saúde, David Uip, disse que a chegada da heroína na região da Cracolândia, na Luz, centro de São Paulo, é um “agravo muito importante” e que o governo deve atuar na prevenção para evitar que a substância se espalhe. “O indivíduo viciado em heroína precisa de poucas utilizações para ficar definitivamente viciado. Como tudo, é uma questão de tempo”, disse.
A reportagem mostrou nesta segunda-feira (24), que a droga está sendo trazida por um grupo de nigerianos e tanzanianos que do oeste da África e a comercializando em pequenas quantidades, que custam R$ 50 – cinco vezes mais cara que a pedra de crack. Os principais usuários da droga não são brasileiros, mas outros africanos que moram na região central de São Paulo.
Pesquisadores e agentes de saúde do programa Recomeço, do governo do Estado, confirmaram a presença da droga por meio de relatos e exames nos pacientes. “Nós precisamos atuar muito fortemente na prevenção e, do ponto de vista criminal, na repressão do traficante”, disse.