Reinhold Hanning, de 94 anos, foi condenado nesta sexta-feira a cinco anos de prisão por cumplicidade no extermínio de 170.000 presos de Auschwitz durante a II Guerra Mundial. O julgamento aconteceu na cidade de Detmond, na região central da Alemanha. As mortes pelas quais Hanning foi processado correspondem ao período em que serviu nesse campo de extermínio nazista da Polônia ocupada, entre janeiro de 1943 e junho de 1944, quando tinha 23 anos e atuava como guarda de segurança do campo de concentração.
A Procuradoria alemã tinha pedido seis anos de prisão a Hanning, por considerar que ela era plenamente consciente e cúmplice dos assassinatos cometidos. A defesa de Hanning solicitou sua absolvição, argumentando que ele não torturou e nem participou diretamente dos assassinatos. Ao longo do julgamento, o próprio Hanning, que compareceu em uma cadeira de rodas, expressou sua vergonha e arrependimento por ter visto “o mal passar perante seus olhos, sem ter tratado de evitá-lo”.