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Novo ataque do regime em Aleppo gera incertezas sobre paz na Síria

Ataques pesados do governo também foram relatados em Homs. Em Genebra, oposição e governo negociam transição para a paz.

Moradores nesta segunda-feira (11) observam danos após ataque aéreo a bairro de Aleppo controlado por rebeldes (Foto: REUTERS/Abdalrhman Ismail)
Moradores nesta segunda-feira (11) observam danos após ataque aéreo a bairro de Aleppo controlado por rebeldes (Foto: REUTERS/Abdalrhman Ismail)

O Exército sírio, com o apoio dos aviões de guerra russos, lançaram um ataque no norte de Aleppo  quinta-feira (14), ameaçando bloquear uma rota rebelde vital para a cidade, em combates que geram novas incertezas sobre as negociações de paz de Genebra.

O recente aumento dos confrontos na Síria, particularmente no norte do país, ao redor da cidade de Aleppo, tem se mostrado o desafio mais sério até agora ao acordo para a interrupção de hostilidades, firmado em fevereiro, e piora um clima já desfavorável no momento em que os dois lados do conflito se reúnem em Genebra.

“A intensificação do ataque começou à noite. A área é de grande importância. Se o regime avança, isso vai reforçar o cerco em Aleppo”, disse Abdullah Othman, líder do grupo rebelde Frente do Levante.

Em Aleppo, as forças do governo e os seus aliados têm como foco a área ao redor do Campo Handarat, que tem vista para um importante ponto de acesso dos rebeldes à cidade, que é dividida em zonas controladas pelo governo e zonas controladas pela oposição.

Além da ação na região de Aleppo, ataques aéreos pesados do governo foram relatados em Homs, onde um médico descreveu o ocorrido como o mais intenso bombardeio do governo desde que o acordo para a interrupção das hostilidades entrou em vigor.

Negociações
Apresentando a sua posição para negociações, o grupo opositor Conselho de Altas Negociações afirmou à Reuters que estaria disposto a compartilhar de forma igualitária um conselho de transição com o governo, mas repetiu o seu rechaço à participação do presidente Bashar al-Assad.

O governo sírio, fortalecido pelo apoio militar da Rússia e do Irã, descarta discutir a presidência. Moscou e Teerã também rejeitam o que eles veem como esforços ocidentais para predeterminar o futuro de Assad.

Cada um dos lados em guerra tem buscado responsabilizar o outro pelos confrontos, levando em direção à ruptura de um cessar-fogo que foi planejado para melhorar o clima político para as negociações de Genebra.

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