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Juízes dão aulas gratuitas em dias de folga a alunos de baixa renda no DF

Turmas têm 230 estudantes por dia e ocorrem durante três semanas. Inscrições para cada aula ‘custam’ 1 kg de alimento não-perecível.

Cinco juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal passaram a aproveitar os dias de folga para oferecer aulas para concurseiros de baixa renda. O intuito é colaborar com os estudantes e arrecadar doações para instituições de caridade.

Cada aluno colabora com 1 kg de alimento não-perecível por aula. Ao final, professores esperam arrecadar mais de uma tonelada de alimentos para doar, no mínimo, a quatro instituições de caridade escolhida pelos professores.

As aulas começaram nesta terça (17) e vão acontecer pelas próximas três semanas, até 3 de dezembro. Os ‘aulões’ ocorrem sempre às terças e quintas, de 8h30 às 11h30h.

Cada um dos cinco professores ministra uma aula. Os conteúdos vão de “responsabilidade civil”, “crimes contra o patrimônio”, “novo código de processo civil”, “prisões cautelares” e “tráfico de drogas”. Na última aula, os professores Camille Javarini e Arthur Latcher, à frente desta etapa curso, dão juntos a aula de “contratos”.

Além dos cinco professores desta etapa, houve mais professores envolvidos na realização do curso, mas que não tiveram disponibilidade para ir para sala de aula. A ideia dos juízes é continuar o curso nos anos seguintes, além de realizar em outras regiões administrativas.

As 230 vagas já estão preenchidas, mas segundo a professora Camille Javarine o curso tem lista de espera. “Esperamos receber 230 alunos por aula, mas. caso haja algum deles desista, abrimos uma vaga para a aula seguinte”. Segundo a juíza, os temas abordados são considerados “bastante relevantes”.

Para se inscrever, o candidato precisa fornecer o nome completo, CPF, identidade e quais aulas deseja assistir. O email de contato é aprendizadosolidario@gmail.com.

Os professores juízes vão ministrar aulas com conteúdos que vão além daquele cobrado no concurso do órgão, em dezembro. “Queremos preparar pessoas para aplicar o direito”, afirmou Camille.

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