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CPI poderá fazer acareação entre Reck e membros da comissão de licitação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa que apura supostas irregularidades na licitação para renovação da frota do transporte coletivo poderá fazer uma acareação no próximo dia 15 (quinta-feira), às 10h, entre o advogado Sacha Reck, – contratado pelo governo local como “consultor jurídico” para atuar junto à Secretaria de Transportes – e os outros depoentes já ouvidos pelos distritais, como os membros da  Comissão de Licitação.

“Muita coisa não está batendo e precisamos saber quem é que está mentindo”, anunciou o presidente da CPI, deputado Renato  Andrade (PR), ao final do depoimento de Sacha Rech à Comissão, nesta quinta-feira (1º). Depois de um acordo com o advogado Sacha Reck, a CPI decidiu convocá-lo para um novo depoimento na quinta-feira, às 10h, por sugestão do relator deputado Raimundo Ribeiro (PSDB). “Temos muitas dúvidas a serem esclarecidas e que não puderam ser tratadas hoje”, explicou o distrital.

A deputada Sandra Faraj (SD), também membro da CPI, quis saber do advogado por que ele estava sendo alvo de investigações de duas CPIs, colocando em xeque as declarações dele de que atuou apenas tecnicamente na consultoria jurídica, sem determinar os rumos da licitação.  Reck enfatizou, em sua defesa, que seu trabalho foi técnico, na área jurídica, e que a decisão final sobre os moldes do edital de licitação foi “política”, da Secretaria de Transportes.

Monstro – “Ninguém pode dizer que fiz nada sozinho. Infelizmente estão querendo me transformar num monstro e numa celebridade”, reclamou o depoente, ressaltando que as acusações contra ele foram motivadas por “briga de empresários” que perderam a licitação. “Eu fui transformado no Posto Ipiranga, tudo recaiu sobre mim”, lamentou o advogado, que informou aos distritais ter alugado carro blindado para vir depor hoje na CPI.

“Fica calmo que o senhor não será morto aqui na Câmara Legislativa”, interveio a deputada Celina Leão (PDT), lembrando que ela é que fora ameaçada de morte pelos clientes do advogado, em Curitiba (PR). Os membros da CPI disseram ao advogado que estranhavam o fato de ele reforçar sua segurança pessoal, mesmo se considerando inocente em todo o processo.

Campanella – O ex-diretor do DFTrans, Marco Antonio Campanella, também deverá ser ouvido em breve pela CPI, conforme anunciou na reunião o deputado Renato Andrade. “A gente sabe que ele está doente. Mas podemos ouvi-lo em sua casa. Não temos problemas de mobilidade”, afirmou o presidente da CPI.

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