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Brasilienses celebram a independência

Cerca de 25 mil pessoas assistem ao Desfile da Independência na Esplanada dos Ministérios

Brasilienses de todas as idades tomaram os 22 mil lugares das arquibancadas montadas na Esplanada dos Ministérios para acompanhar, na manhã de ontem, o desfile que celebrou o 193º aniversário da independência do Brasil.

Por volta das 9 horas, a presidente da República, Dilma Rousseff, chegou no tradicional Rolls-Royce e foi recebida pelo vice-presidente da República, Michel Temer, pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, e pelo governador de Brasília,

Rodrigo Rollemberg, acompanhado da esposa, Márcia Rollemberg. “O Dia da Independência é uma data histórica que nos faz refletir sobre o País e sua força cívica”, disse o chefe do Executivo local. “Faz com que pensemos na necessária harmonia entre os poderes e na missão de consolidar e ampliar a democracia.”

Com autorização da presidente, o comandante militar do Planalto, general de divisão Racine Bezerra Lima Filho, deu início ao desfile. Atletas de alto desempenho percorreram os 2 quilômetros representando os Jogos Olímpicos de 2016, que ocorrerão no Rio de Janeiro.

Cerca de 700 estudantes de escolas públicas e particulares representaram o Distrito Federal com apresentação de banda e de corpo coreográfico com músicas regionais do Norte e do Nordeste. Participaram alunos das coordenações regionais de ensino de Ceilândia, do Cruzeiro, do Gama, do Guará, de Planaltina, do Plano Piloto e de Santa Maria.

Após o desfile cívico, cerca de 3 mil militares passaram pelo percurso. Em seguida, sete aeronaves Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça riscaram com acrobacias o céu de Brasília. O comerciante Enrico dos Santos, de 41 anos, veio especialmente para esse momento. Ele levou o filho Enzo, de 7 anos, e pôde acompanhar a homenagem feita pelos pilotos, que escreveram com fumaça a frase Somos todos Brasil. “Essa é, sem dúvidas, a melhor parte. Lindo demais”, emocionou-se o morador de Taguatinga.

Dia também foi de muitas manifestações na capital

Além do desfile, o 7 de Setembro teve manifestações marcadas pela diversidade de organizações e de posicionamentos. Enquanto de um lado da Esplanada dos Ministérios acontecia o desfile, do outro, os manifestantes se concentravam. O Grito dos Excluídos, que tradicionalmente faz atos em diversas cidades no Dia da Independência, desceu a Esplanada logo após o fim desfile. “Falamos da necessidade de promover reformas estruturais na sociedade como a agrária, a urbana e uma reforma ampla do sistema político que aumente os mecanismos de participação popular como plebiscitos e referendos”, disse o coordenador Fábio dos Santos Miranda. O coordenador estima em 800 o número de participantes. A Polícia Militar do Distrito Federal não tem estimativa de pessoas no Grito dos Excluídos.

Um grupo a favor da presidenta Dilma se reuniu em frente à Catedral de Brasília com bandeiras do PT, do Brasil e com faixas de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o término do desfile, eles percorreram os dois sentidos da Esplanada. “A pátria tem que ter a governabilidade em primeiro lugar, mesmo que haja divergência em alguns pontos”, destacou Fred Vasconcelos, da Central de Movimentos Populares. A estimativa dos organizadores e da Polícia Militar é que 200 pessoas tenham participado da manifestação pró-Dilma.

Movimentos pelo fim da corrupção também marcaram presença. Eles criticaram o governo e inflaram dois bonecos gigantes da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Diversas organizações como o Movimento Brasil Contra a Corrupção, o Movimento Limpa Brasil e o Movimento Brasil convocaram a população para participar da manifestação durante do desfile.

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