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SP fará parceria com universidades privadas para criar vagas em creches

Creches serão adaptadas em espaços dentro das instituições de ensino. Cidade ganhará cinco unidades conveniadas no início de 2016.

A Prefeitura de São Paulo irá fazer parcerias com universidades privadas para aumentar o número de vagas em creches na capital paulista. O objetivo é adaptar espaços dentro das unidades de ensino superior para receber crianças e ajudar a diminuir a fila da creche.

“A gente está conversando com universidades para ver se nos espaços dessas universidades a gente também consegue colocar essas crianças. Nos lugares de maior demanda são os mais difíceis de ter terreno, mais difícil de construir”, afirmou o secretário municipal de Educação Gabriel Chalita.

No Plano de Metas da Prefeitura estava prevista a entrega de 243 novas creches até o fim de 2016. No entanto, a fila de crianças que aguardam por uma vaga superava os 80 mil no início deste ano.

O primeiro convênio foi com a Uninove (Universidade Nove de Julho) que terá cinco creches, uma em cada um dos campus da cidade: Vila Maria (Zona Norte), Barra Funda (Zona Oeste), Vergueiro (Centro), Vila Prudente (Zona Leste) e Santo Amaro (Zona Sul). As cinco novas creches serão entregues no início de 2016.

Além de construiu ou adaptar os espaços para receber as crianças, as universidades ficam responsáveis pela manutenção dos locais. “ Elas [universidades] constroem a creche, pegam um espaço deles e a gente faz um convênio com uma entidade. Eles cedem aquele espaço”

A autorização para o uso dos espaços como creches seria feita através de um esquema de comodato com a Prefeitura. O prazo para o empréstimo não-remunerado não foi definido. “Tem uma cláusula, se por acaso acabar a demanda da região, se não tiver mais crianças lá, o espaço volta imediatamente para quem cedeu”, disse Chalita.

A secretaria dialoga com outras universidades para ampliar as parcerias como a Unip, Mackenzie, PUC, Estácio de Sá e FMU. A USP (Universidade de São Paulo) disponibilizou um terreno na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, na Zona Oeste.

Igrejas, entidades, associações e shoppings negociam a doação de espaços. Até o supermercado Bergamini está estudando disponibilizar áreas nas unidades do Jardim Brasil e do Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo.

Fila
Segundo dados do início do ano, a fila da creche tinha 80 mil crianças. Esse número aumentou nos meses seguintes, mas a informação não foi atualizada.

Apesar disso, o secretário disse que espera zerar a fila. “Eu espero não estar sendo otimista demais, mas nós estamos trabalhando para zerar o número de vagas em creches. O que vai mudar é a ampliação dos convênios em relação a quantidade de creches construídas. Nós tivemos problemas na construção de creches”, afirmou.

O alto custo para aquisição de terrenos e a ausência de áreas disponíveis para compra são os principais entraves para a ampliação do número de creches.

“Nós devemos chegar ao final deste ano com que nós prometemos, 40 mil novas vagas em creches. Se a gente conseguir 40 ou 45 mil novas vagas no ano que vem, não terá criança em período de matrícula fora de creche”, declarou Chalita.

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