Escola de Guarulhos tem vapor tóxico no terreno, segundo Cetesb. Empresa química vizinha é apontada como responsável pela contaminação.
O Ministério Público Estadual determinou a interdição de uma escola municipal de Guarulhos por causa da presença de vapor tóxico no terreno. Cerca de 260 alunos de 9 meses a 11 anos estão impedidos de frequentar a escola José Jorge Pereira, na Vila Flora, e a Promotoria quer que os exames de saúde e tratamento dos alunos e funcionários sejam pagos pela empresa química Umicore vizinha à escola e apontada como responsável pela contaminação.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) confirmou que um curso de água que passa debaixo da escola está contaminado com produtos químicos e metais pesados. Essa água evapora e o vapor se acumula embaixo da escola.
Em dezembro de 2014 e em fevereiro de deste ano, o vapor contaminado invadiu o piso onde funcionavam a creche e o refeitório, mesmo assim, a escola continuou funcionando e só fechou nas férias.
Segundo a Cetesb, a contaminação vem da empresa Umicore, vizinha da escola. Na manhã desta terça-feira, funcionários de uma empresa particular coletavam água perto da escola, mas não disseram quem contratou o serviço.
A escola foi inaugurada em 2005 e desde 2008, por ordem da Cetesb, a Umicore monitora a contaminação.
Os funcionários da escola informaram que fizeram exames de saúde e dizem que os resultados apontam alterações e temem que seja por causa da contaminação.
A Prefeitura de Guarulhos informou que fez um acordo com a Umicore, que se comprometeu a alugar um imóvel para onde os alunos serão transferidos nos próximos dias. Ainda de acordo com a Prefeitura, a empresa vai pagar o transporte.
A Umicore diz que monitora a área da escola há mais de um ano e afirma que não há risco para os frequentadores. Segundo a empresa, está em contato com a Prefeitura pra preventivamente transferir os alunos.