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Duque deixa sede da PF rumo ao Galeão para seguir para Curitiba

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque, deixou a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, na Zona Portuária, por volta das 15h desta segunda-feira (16), rumo ao Aeroporto Internacional de onde embarcará num voo de carreira para Curitibam no Paraná, onde é julgado o processo dos envolvidos na Operação Lava Jato. Ele foi preso nesta segunda-feira (16) no Rio de Janeiro, na démica fase da operação, acusado nesta etapa de ter movimentado 20 milhões de euros no exterior.

Entre os crimes investigados nesta etapa estão associação criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude em licitação.
Duque foi preso na casa dele, no Rio de Janeiro. A Polícia Federal (PF) informou ter apreendido 131 obras de arte na residência do ex-diretor da estatal.

O empresário paulista Adir Assad, investigado na CPI do Cachoeira, e Lucélio Góes – filho de Mário Góes, um dos suspeitos de intermediar a propina paga pela empresa catarinense Arxo – também foram detidos. As três prisões são preventivas.

O advogado Alexandre Lopes, que defende Duque, considerou a prisão ilegal e negou que movimentação de valores no exterior.

“Essa prisão desafia um tribunal superior. Ele não está acusado formalmente para antecipar uma pena sem processo. A prisão não tem fundamento concreto,” afirmou o advogado.

Segundo Lopes, Renato Duque nega que tenha movimentado 20 milhões de euros fora do país. Ele afirma também que foram apreendidos na casa de Duque bens pessoais, que não estão relacionados ao processo. O advogado esteve com o ex-diretor da Petrobras por 40 minutos na sede da Polícia Federal, na Zona Portuária.

“Eles levaram documentos, quadros, canetas, relógios e outros bens que ele acumulou ao longo da vida, que nada têm a ver com a Petrobras”, disse o advogado, explicando ainda que Duque não resistiu à prisão e estava acompanhado pela família quando foi preso.

Lopes também afirmou que não teve acesso aos documentos nos quais se baseavam a prisão.

“Não tive acesso aos documentos que baseiam a prisão preventiva. Vamos pedir um habeas corpus na 4ª turma do Tribunal Regional Federal”, disse.

O advogado acredita que a prisão do seu cliente se deve a questões políticas.

“Essa prisão tem que ser recebida com reserva. Não posso acreditar que uma guerra política seja responsável pela prisão”,

Alexandre Lopes afirmou ainda que o seu cliente deve fazer exame de corpo de delito apenas em Curitiba, no Paraná, para onde deve ser transferido ainda nesta segunda (16).

Outros detidos
O empresário paulista Adir Assad, investigado na CPI do Cachoeira, e Lucélio Góes, filho de Mário Góes, um dos suspeitos de intermediar a propina pagapela empresa catarinense Arxo – também foram detidos. As três prisões são preventivas – ou seja, não têm prazo determinado.

No início da tarde, o advogado James Walker Junior, que defende Lucélio Góes,disse que seu cliente ficou surpreso com a prisão.

Fonte: G1

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