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Sala Martins Pena do Teatro Nacional ganha reestreia em grande estilo

Após mais de 10 anos, Sala Martins Pena é reaberta pela Orquestra Sinfônica em um evento para operários da obra

A orquestra apresentou a Sinfonia do Concreto, um repertório que homenageia o Teatro Nacional Cláudio Santoro e a história do grupo – (crédito: Pedro Ibarra/CB/D.A.Press)

“A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro está de volta à sua casa”, essa foi a frase do maestro Cláudio Cohen que precedeu a primeira apresentação da orquestra brasiliense em uma sala do teatro, após mais de 10 anos. Na noite desta quarta-feira (18/12), a Sala Martins Pena retomou as atividades para o público da capital extremamente bem arrumada e cheirando a “nova”.

Em um evento para operários que participaram da obra de restauro e convidados, que precedeu cinco dias de atrações no local, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro apresentou a Sinfonia do Concreto, um repertório que homenageia o espaço e a história do grupo em um dia especial. “Dá até para ganhar jogando fora de casa, mas não tem nada como jogar em casa”, afirmou o maestro no palco, pouco antes da apresentação.

O clima era de festa e os sorrisos, um misto do alívio do dever cumprido com a alegria de voltar a ocupar o local. “Tenho certeza de que vai ser um lugar de muita alegria. Tanto para quem já conhece e tem uma memória afetiva, quanto para quem ainda vai se apaixonar”, afirmou a vice-governadora do DF, Celina Leão. “Aqui tem muito da nossa história, aqui tem muito do nosso povo, aqui tem muito do Brasil. A capital da República não podia ficar sem o Teatro Nacional”, comemorou.

A vice-governadora destacou que foi uma jornada conseguir entregar a sala ao público. “Não foi fácil. Afinal, não é uma simples reforma. É uma restauração. Foram 10 anos trabalhando para conseguir tirar esse projeto do papel”, apontou Celina Leão.

O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, compartilhou dos mesmos sentimentos. “Eu estou muito feliz e aliviado, com a sensação de dever cumprido de entregar a Martins Pena”, pontuou Abrantes, que tem uma história com a sala. “Quando eu era adolescente, caminhava por este teatro. Já adulto, cheguei a me apresentar uma vez aqui como ator”, contou.

Em uma sala lotada de velhos amigos, um dos convidados da orquestra da noite estava conhecendo o lugar diretamente do palco. O cantor Thiago Arancam viu de perto e exaltou o retorno da Martins Pena: “Venho sempre cantar em Brasília, mas é a primeira vez que entro no teatro. Ver o local todo reestruturado, bonito e tecnológico na capital do meu país e estar nesta ocasião me deixa muito feliz”.

O artista já se apresentou em mais de 40 países e se emocionou por fazer parte desse retorno. “Certamente é mais um marco para minha carreira poder botar no currículo que fiz a reestreia de um teatro tão importante como este, e em uma ocasião tão linda”, celebrou Arancam. “Viva a arte e viva a cultura!”, entoou.

Em funcionamento

“A sala Martins Pena está no circuito”, afirmou a vice-governadora do DF. Com a programação dos próximos dias, a ideia é fazer os testes e trazer o público de volta. Mas em fevereiro o lugar deve retornar à operação normal. “Nosso secretário vai trabalhar muito, porque já sei de muita gente que está interessada em se apresentar aqui”, brincou Celina Leão.

O secretário confirmou que tem sido procurado. “Estou recebendo muita demanda de produções internas e externas do Distrito Federal”, antecipou Claudio Abrantes, que garantiu a abertura de um edital a partir de fevereiro do ano que vem. Ele aproveitou para exaltar o espaço. “É uma sala que fez um teste de acústica e não deixa a desejar em nada. Está, inclusive, melhor do que muitos grandes teatros do país.”

Próximos passos

Com o Teatro Nacional povoado novamente, o questionamento inevitável era sobre o retorno da sala Villa-Lobos, a maior do local. No entanto, o dia também foi para comemorar o início de novos trabalhos. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) publicou, ontem, um aviso de licitação para a contratação de empresa ou consórcio responsável por diversas etapas das obras de reforma do Teatro Nacional Claudio Santoro. O contrato incluirá a elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia, compatibilização de projetos, obtenção de licenças e aprovações, execução das obras, montagem de equipamentos e mobiliários, além de testes, comissionamento e pré-operação.

As obras abrangem a etapa 2 do foyer da Sala Villa-Lobos, do Espaço Cultural Dercy Gonçalves e da Sala Alberto Nepomuceno, além da etapa 3 da Sala Villa-Lobos. A licitação, que inclui critérios de menor preço e técnica, terá início em 14 de janeiro de 2025, às 9h, com abertura marcada para 28 de fevereiro, no mesmo horário. “É um momento de comemoração, mas ainda temos o desafio da Sala Villa-Lobos”, analisou o secretário de cultura. “Estou aliviado, mas ciente da responsabilidade e do trabalho até entregar o teatro plenamente”, complementa.

A vice-governadora afirmou que o Teatro estará completo e funcionando até 2026. “Até o fim do nosso governo, vamos entregar o teatro todo para o publico de Brasília”, garantiu.

Projeto Viva o Teatro (*)

Sábado (21): O RECOMEÇO

19h – Apresentação Almir Sater

Domingo (22): DE VOLTA AOS PALCOS

11h – Teatro Infantil – SALTIMBANCOS

17h – Os Melhores do Mundo – TELAPLANA

19h – Os Melhores do Mundo – TELAPLANA

Segunda-feira (23): HOJE É DIA DE ROCK

20h – Plebe RudeQuinta-feira (26): DIA DA DANÇA

Mostra de danças diversas durante o dia inteiro

(*) Entrada franca. Ingressos no site Sympla.com.br

Correio Braziliense

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