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Quatro dias de imagens e imersões artísticas no Planetário

Brasília recebe 3° edição do Immer, festival de tecnologia e obras de arte interativas. Evento também terá debates e oficinas

Recoding Entropia, de François Vautier – (crédito: Fotos: Divulgação)

O Planetário de Brasília Luís Cruls recebe, desta quinta-feira (5/12) a domingo (8/12), a 3° edição do Immer, festival de tecnologias imersivas e mídias digitais. O evento apresenta projeções imersivas e momentos de debates e oficinas com especialistas. Com exceção das oficinas, o acesso às demais atividades é gratuito. E para participar, é necessário retirar ingressos no site Sympla.

A obra que será exibida na sessão de abertura oficial do evento, nesta quinta-feira (5/12), às 19h20, é Impossible Space da dupla alemã Rocco Helmchen & Johannes Kraas. Nesse dia, no período da manhã, estarão à disposição do públicos workshops e painéis sobre vários temas. À tarde e à noite, sessões de mostra competitiva e, sempre às 21h, performances que mesclam arte e tecnologia imersiva.

Francisco Barreto, organizador do Immer, acredita que o impacto que o evento teve no público, em edições anteriores, permitiu que se chegasse à 3° edição: “É realmente impressionante visualizar o que o festival tem, não somente para quem produz conteúdo audiovisual imersivo, mas também para os espectadores, que têm a oportunidade de experimentar uma série de obras imersivas que, realmente, mexem com a percepção do espaço e do tempo fazendo com que o público realmente se sinta dentro da obra”, avaliou.

 Tapputi-Belatikallim de VJ Grazzi
Tapputi-Belatikallim, de VJ Grazzi(foto: Foto: Divulgação)

Avanços

O evento apresenta tecnologias inovadoras no campo do audiovisual. Uma das principais delas é o Fulldome, que consiste em uma técnica de projeção em espaços côncavos em 180°. Isso, segundo Barreto, proporciona sensações visuais e sonoras completas e imersiva para os visitantes.

Outra inovação que, de acordo com os organizadores, permitirá uma maior imersão e participação do público, é Live Domo. Ela consiste em uma projeção que permite a criação e modificação de expressões artísticas visuais, em tempo real, com a participação das pessoas, com palmas e movimentos. Ao todo, serão seis obras projetadas com essa tecnologia.

Propósito

De acordo com Barreto, o Immer oferece espaço para debates e discussões com a visão de artistas, pesquisadores e professores. Além das exposições, o evento também apresenta a mostra competitiva, que dá espaço para projetos cinematográficos feitos para telas semiesféricas e realiza um pequeno circuito de exposição e premiação desses filmes. A ideia é permitir que artistas de todo o mundo exponham seu trabalho com caráter experimental explorando narrativas únicas, poéticas e imersivas, utilizando todo o potencial visual e sonoro da projeção fulldome.

As projeções dos filmes durarão 30 minutos, na parte interna do Planetário, de 14h às 20h, em todos os dias de evento. E os trabalhos concorrerão aos prêmios de: Melhor Filme, Melhor Filme Experimental, Melhor Experiência Sonora e Prêmio Planetário de Brasília. Os vencedores são definidos por curadores e o resultado será divulgado no domingo, no encerramento. O melhor trabalho receberá R$ 5 mil.

“Percebemos que nos anos em que acontece o immer há um aumento na produção de obras imersivas brasileiras que são submetidas para outros festivais fora do país. Ele coloca Brasília no mapa da discussão e da produção em fulldome e mídias imersivas mundial. Em dezembro, todos os olhos da área estarão voltados para o que acontece aqui”, diz Barreto.

Aprimoramento

O Immer permite a possibilidade de ampliar conhecimentos técnicos. Oficinas — com inscrições a R$ 30 —são voltadas para a capacitação na área de arte e tecnologia. Sete serão oferecidas para fomentar a produção imersiva no Brasil.

Por outro lado, a participação em painéis permitirão a produtores culturais, artistas e profissionais de tecnologia se evolverem em debates sobre possibilidades de uso da tecnologia na criação artística. Os debates com especialistas acontecem, entre amanhã e sábado, das 14h às 16h, no Planetário.

Obras Live Domo

A Terra é Azul (Via, Brasil): combina pintura e tecnologia para criar efeitos visuais únicos ao vivo.

Meditação Interplanetária (Alexandre Rangel, Brasil): uma viagem audiovisual por mundos intergalácticos e interiores.

Dark Matter (The Space in Between) (Hernan Roperto, Argentina): exploração das conexões entre o visível e o invisível, transformando áudios em imagens.

Tesselumen (Vini Fabretti e Luciano Sallun, Brasil): performance sensorial que mistura efeitos visuais e sonoridades para criar um universo.

El Macroscopio (Proyecto Aurora, Colômbia): obra interativa em que visitantes usam capacete com uma câmera que detecta movimentos que afetam imagens projetadas no domo.

Spell (thecode, Brasil): obra interativa em que visitantes utilizam movimentos das mãos para manipular imagens no domo.

Serviço

Immer – Festival Internacional de Mídias Imersivas e Fulldome

Onde: Planetário de Brasília Luis Cruls – Setor de Divulgação Cultural (Eixo Monumental)

Quando: de 5 a 8/12, das 9h às 23h

Entrada: franca

Classificação: livre

Correio Braziliense

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