O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta sexta-feira (30) que a “tendência” da bancada é apoiar o candidato oficial do PMDB na eleição à presidência da Casa. O PMDB deverá anunciar nesta tarde o nome que receberá apoio formal dos peemedebistas, já que uma ala dissidente da legenda lançou o nome de Luiz Henrique (PMDB-SC) na disputa. Renan Calheiros (PMDB-AL), por outro lado, articula apoio para sua reeleição.
Costa afirmou que o PT respeita o critério de proporcionalidade, segundo o qual o partido com maior número de senadores tem a prerrogativa de indicar o presidente da Casa. O líder acrescentou que espera um “entendimento” entre os senadores do PMDB. A eleição da Mesa Diretora será neste domingo (1º), após a posse dos parlamentares eleitos em 2014.
“A tendência é que votemos no candidato oficial, por isso nosso desejo é de que eles possam se entender”, afirmou Humberto Costa. “Historicamente, por uma questão de princípio, nós do PT tenderemos a votar como sempre fizemos em torno do critério da proporcionalidade a indicação de cada bancada”, completou.
O nome indicado oficialmente pelo PMDB deverá receber apoio também do Palácio do Planalto e de parte da base aliada ao governo. Luiz Henrique, por outro lado, ainda que não receba o aval do seu partido, disse que sua candidatura é “irreversível”.
O senador catarinense conta com os votos da oposição – PSDB e DEM já declararam apoio – e de senadores de legendas governistas, mas que têm atuação “independente”, como Ana Amélia (PP-RS), Cristóvam Buarque (PDT-DF) e outros.
Humberto Costa ponderou que ainda que o PT ofereça apoio a um candidato, a votação é secreta e não há como garantir adesão de todos senadores da legenda. “A votação é secreta. O partido, naturalmente, toma uma decisão e orienta, mas nesse caso não existe fechamento de questão”, disse.
O PT ainda pretende apresentar ao nome oficial do PMDB uma pauta com prioridades para os próximos dois anos, na qual constam as reformas política e tributária e novos procedimentos de funcionamento do Senado.
Fonte: G1