21.5 C
Brasília
HomeBrasíliaMenina perde parte do couro cabeludo em parquinho público em Santa Maria

Menina perde parte do couro cabeludo em parquinho público em Santa Maria

Brinquedo foi interditado e será removido após perícia – (crédito: Henrique Sucena)

Jovem de 9 anos sofreu acidente e teve parte do couro cabeludo arrancado em brinquedo, que foi interditado

Uma menina de apenas 9 anos teve parte do couro cabeludo arrancado enquanto brincava em um parquinho público na QC 02, em Santa Maria, por volta das 20h40 desta terça-feira (4/9). Após o acidente, a menina foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ao hospital local, mas, por falta de especialistas presentes, foi encaminhada ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), onde está sendo tratada.

Em medida de segurança após o ocorrido, a Administração de Santa Maria determinou a retirada de brinquedos do modelo em todos os parquinhos públicos da cidade. Os aparelhos haviam sido introduzidos recentemente visando a inclusão de pessoas com deficiência. A vítima teria tido seu cabelo preso enquanto brincava com colegas, que superavam o limite de pessoas que o brinquedo suportava.

A menina saiu da sala da cirurgia no início desta tarde e está sob acompanhamento médico e da mãe no HRAN. Até o momento da publicação, ainda não foi possível entrar em contato com a família.

Segurança

As medidas tomadas pelas autoridades locais visando a segurança das crianças já puderam ser vistas na manhã desta quarta-feira (4/9). Seis dos sete brinquedos para pessoas com deficiência foram retirados dos parquinhos em que haviam sido instalados, restando apenas o do acidente, que passará por perícia. Eles serão submetidos a reavaliações para que se veja como podem oferecer o menor risco possível para quem os use.

O administrador da cidade, Josiel França, declarou que entrou em contato com a Polícia Civil no intuito de colaborar para que o caso seja investigado com a maior celeridade possível. Ele também garante que a família da vítima. As outras três crianças da família, inclusive um bebê, estão sob os cuidados do Conselho Tutelar, que os levarão para o interior do Goiás para ficarem em casa de familiares enquanto a mãe e a tia da criança são atendidas pela Assistência Social da Administração presente no HRAN.

“Acionamos a empresa responsável e determinamos a interdição de todos os parques infantis da cidade que possuem o brinquedo PCD ainda na noite de ontem. Na manhã de hoje, os referidos brinquedos foram retirados dos parquinhos pela empresa responsável pela fabricação e instalação como medida cautelar, evitando assim novos acidentes. O parquinho onde ocorreu o acidente foi interditado para eventual perícia. Após isso, também terá o brinquedo recolhido”, explicou o administrador.

Susto

Dono de um bar em frente ao parque, Antônio da Silva relatou ter presenciado um desespero muito grande depois do ocorrido. A comoção o fez correr ao local, onde encontrou diversas pessoas tentando ajudar a garota. O homem de 55 anos orientou as pessoas que esperassem o socorro, que demorou cerca de 15 minutos.

Ele reclamou sobre a falta de supervisão das crianças no momento do acidente, dizendo que deveria haver maior supervisão por parte dos pais para evitar uma tragédia do tipo. O dono do bar afirmou que a menina, junto de amigos, teria ido ao bar pouco antes do ocorrido para pedir água. Na ocasião, ele diz ter questionado a falta de pais presentes para acompanhá-los.

“Foi muito horrível. É marcante, muito triste pra criança, porque ela vai ficar marcada pelo resto da vida. O parquinho foi bem-vindo para população, era uma exigência, uma cobrança, porque realmente aqui as crianças estavam sem brinquedos. Inclusive, esse brinquedo estava sendo instalado na cidade inteira. Eu não tenho nada contra o brinquedo em si, a questão é o monitoramento das crianças”, compartilha o morador da região.

Revolta

Outra moradora da rua onde o acidente ocorreu, Rita Alves da Silva, de 80 anos, relatou que veio às pressas quando ouviu o barulho das pessoas tentando socorrer a garota, mas reclamou da maneira em que as pessoas se portaram. “A mãe (da vítima) chegou e desmaiou. Eu cheguei mais perto lá pra olhar e nem aguentei. A cabeça da menina aqui e o sangue tava descendo. Aí o povo amontoou tudo, eu falei para eles saírem de perto e não abafarem muito e deixar os bombeiros fazerem o trabalhos deles”, conta.

Veja Também