O secretário da Educação do estado de São Paulo, Herman Voorwald, disse na manhã desta terça-feira (20) que aprova a ideia de que os alunos formados em universidades públicas prestem serviços à sociedade.
A proposta foi feita pelo reitor da Universidade de São Paulo (USP) durante uma reunião do conselho universitário, como informou a “Folha de São Paulo. Procurada, a USP não se manifestou até as 13h”.
“É uma questão cultural. Nossa população não tem a cultura de entender o apoio público e retornar esse apoio público no momento em que ele está se beneficiando de toda a formação pública que ele teve. Acho uma proposta extremamente inteligente, muito interessante. Espero que o reitor da USP consiga, junto com os reitores da Unesp e da Unicamp, viabilizar no conjunto das universidades”, disse o secretário.
Ele lembrou que a USP, a Unicamp e Unesp recebem incentivos do governo do estado. “As universidades públicas do estado de São Paulo têm 9,57% do ICMS do estado. Elas estão tendo os 30% [de investimento previsto por lei] da educação. Nas universidades públicas do estado há todo um esforço público para que se tenha a qualidade que esses jovens demandam”, ressaltou.
As universidades, a partir de 1989, passaram a ter autonomia de gestão. “A essência das universidades é garantir a educação de qualidade e garantir que o estado de São Paulo continue liderando a formação de mestres e doutores e a pesquisa no nosso país”, declarou.
Ensino integral
Ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Voorwald anunciou que mais 75 escolas passarão a ter jornada em tempo integral. Pela primeira vez, alunos do Ciclo I (do 1º ao 5º) também poderão usufruir do novo modelo a partir de 2 de fevereiro, quando começa o ano letivo na rede estadual.
Com as novas unidades, o número de escolas com o novo modelo chegará a 493, de acordo com levantamento da Secretaria da Educação do Estado. Cerca de 130 mil alunos terão jornada igual ou superior a sete horas de estudo.
“Já estamos abrindo adesão [de outras escolas] para 2016. A minha intenção é chegar em 2018 com pelo menos 1000 escolas, anos iniciais, anos finais de ensino de ensino médio, com modelo de ensino integral. [O projeto] Concorre, evidentemente, com outras questões da secretaria e permanece a questão da adesão da comunidade, que tem que se manifestar interessada”, observou o secretário.
As escolas que demonstram interesse em seguir no novo modelo de Tempo Integral passa por uma reforma para adaptação da estrutura, como a construção de laboratórios. As adaptações na estrutura física custam entre R$ 300 mil e R$ 500 mil. Os professores que aceitarem o regime dedicação exclusiva recebem uma gratificação no salário. “Custo mais significativo é o custo da mão de obra porque há uma correção de 75%”, afirmou.
O governador Geraldo Alckmin deixou a cerimônia, sem conversar com a imprensa, logo após o discurso.
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Fonte: G1