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Número de acolhimentos a vítimas de violência sexual cresce em três anos

Assistências prestadas no Centro Integrado 18 de Maio aumentaram quase 69% desde 2020. Instituição ampara crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

Protagonista no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes no Distrito Federal, o Centro Integrado 18 de Maio registrou aumento na procura pelos seus serviços. De 2020 a 2023, a quantidade de assistências prestadas subiu de 216 para 365, um crescimento superior a 68%. A ampliação dos atendimentos, ao contrário do que possa parecer, não é necessariamente negativa.

‌O aumento dos acolhimentos indica uma queda na subnotificação dos casos de abuso, reflexo não só de uma melhora nos serviços de denúncia, mas também de uma divulgação mais eficiente dos equipamentos oferecidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para atender as vítimas. O Centro Integrado 18 de Maio é o principal deles, uma ferramenta pública que reúne todos os órgãos importantes para o combate à violência sexual infantil.

Centro Integrado 18 de Maio é um dos equipamentos públicos que atuam no combate à violência sexual infantil | Foto: Jhonatan Vieira/Sejus

Localizada na Asa Sul, a instituição oferece atendimento humanizado a crianças e adolescentes vítimas de abuso. O acesso ao equipamento é livre, como explica a coordenadora do Centro Integrado 18 de Maio, Dolores Ferreira. “A maioria dos casos é trazida pelos conselhos tutelares, mas qualquer outro órgão do GDF pode fazer o encaminhamento”, afirma. “A família pode, inclusive, se apresentar diretamente aqui.”

Integralidade

O suporte oferecido a crianças e adolescentes é dividido em etapas. Inicialmente, o acolhimento é feito por assistentes sociais e psicólogos que ouvem, separadamente, a família e as vítimas de violência sexual infantil. “Fazemos uma escuta especializada e única, para evitar uma revitimização”, explica Dolores. “Com todos os dados necessários em mãos, elaboramos um relatório bem completo, que é encaminhado para órgãos estratégicos”.

Depois de serem ouvidas, as vítimas podem ser levadas a uma delegacia especializada para prestar depoimento ou à unidade básica de saúde (UBS) mais próxima, caso haja necessidade. O Ministério Público do Distrito Federal também é acionado para que tome as providências cabíveis em relação ao caso. As famílias são acompanhadas de perto pelo centro por um ano, para garantir a efetividade das políticas de enfrentamento adotadas.

Divulgação

Conhecer os canais de denúncia e os equipamentos de acolhimento às vítimas de abuso sexual infantil é essencial que as famílias busquem ajuda tendo a certeza de que serão protegidas e assistidas por profissionais qualificados. Além de recorrer aos conselhos tutelares e ao próprio Centro Integrado 18 de Maio, as vítimas de violência também podem procurar assistência via telefone.

Dois números recebem denúncias de violência sexual – o Disque 125, da Coordenação de Denúncias de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cisdeca), e o Disque 100, telefone do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que encaminha o caso para o conselho tutelar do Distrito Federal mais próximo.

Marcela Passamani, Secretaria de Justiça do Distrito Federal. Fotos Renato Alves / Agência Brasília

“Para o GDF, a proteção de nossos meninos e meninas é prioridade absoluta. É de extrema necessidade informar a sociedade sobre os tipos de violências, para que a violação de direitos seja identificada e os canais de denúncia sejam sempre acionados”, aponta a Secretária de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani.

Centro Integrado 18 de Maio

→ Endereço – SHCS EQS 307/308
→ Telefone – 3391-1043 / 991557-6065 (de 8h às 20h)
→ Atendimento – De segunda a sexta, das 7h às 19h.

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