Pedido de retratação acontece um ano depois; Bassetto não era localizado pelo Justiça
Depois de um ano sem ser localizado pela Justiça após várias tentativas, o empresário Luiz Carlos Bassetto apareceu e apresentou um pedido de retratação pelas ofensas e ameaças que fez ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, há cerca de um ano. Na ocasião, o magistrado não pertencia à corte e era advogado do presidente Lula.
Na peça enviada à 6a Vara Criminal de Brasília, Bassetto diz, por meio de sua defesa, que “retira tudo que tenha dito, de forma a declarar publicamente e perante este Ilustrado Juízo, que o QUERELANTE (Cristiano Zanin) não faz jus as ofensas perpetradas”.
Em janeiro passado, Bassetto gravou e divulgou um vídeo enquanto Zanin escovava os dentes no aeroporto de Brasília. Na ocasião, o empresário chamou o então advogado de “bandido”, “safado” e “vagabundo”. O homem também disse que o ministro tinha de “tomar um pau de todo mundo que está andando na rua” e que sua vontade era “meter a mão na orelha” de Zanin.
Com a retratação, a defesa de Bassetto pede que a pena pelo crime de difamação seja extinta. O empresário diz ainda que não teve a intenção de difamar Zanin e que as ofensas ocorreram “dias após os famigerados acontecimentos de 8 de janeiro, troca de governo e fortes discussões ideológicas e políticas”.
Após as agressões, em janeiro de 2023, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apresentou uma queixa-crime em nome de Zanin por meio dos advogados Fernanda Tórtima, Alberto Zacharias Toron e Hélio Leitão.
A Justiça tentou localizar Bassetto por um ano, sem sucesso. Até o pai do empresário chegou a ser contatado, mas não colaborou. Com a intimação realizada só neste mês, a defesa de Bassetto pede uma nova audiência de conciliação. A queixa-crime já foi aceita pela 6a Vara Criminal de Brasília.