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Irritação de Lula com BC não passa e, nos bastidores, presidente cita Roberto Campos com novo aposto

Quem esteve com Lula nos últimos dias afirma que o tom em relação ao BC e à Faria Lima continua o mesmo, o que não é um bom sinal, considerando que nesta semana tem reunião do Comitê de Política Monetária e a expectativa geral é de que não haja mudanças na taxa de juros.

© Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0
Durante entrevista a um canal na época, Lula se referiu ao chefe do BC como “aquele cidadão”: “Quero saber do que serviu a independência do Banco Central. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para fazermos uma avaliação do que significou o Banco Central independente”, disse Lula.
Agora, o mandatário não estaria mais chamando Campos de “aquele cidadão”, mas segundo a coluna de Malu Gaspar em O Globo, teria mudado para “aquele rapaz”.
É usando esse termo que Lula teria falado sobre ele no jantar com o presidente da Câmara, Arthur Lira, há dez dias, relata a mídia.
O jornal ainda afirma que quem estava lá e presenciou a conversa entre Lula e Lira, em uma mesa cheia de ministros, constatou que o presidente continua bastante incomodado com a gestão do BC. E não só com Campos Neto, mas também com a Faria Lima, a famosa rua do mercado financeiro de São Paulo.
Lula não teria processado bem a resistência do mercado a suas declarações sobre política econômica e juros. Acha que merecia mais crédito daqueles que, em suas palavras, nunca ganharam tanto dinheiro quanto nos seus dois primeiros governos.
O presidente da República também reage mal quando se tenta defender Campos Neto, como fez Lira. O líder da Câmara repetiu no jantar o que já tinha falado em público, na Associação Comercial de São Paulo: que os ataques de Lula ao BC atrapalham o ambiente econômico e atrasam a queda dos juros.
A jornalista relata que, depois da fala de Lira, o petista, que até o momento estava cordial e relaxado, fechou a cara. E apesar de alguns dos ministros que estavam à mesa estarem em paz com Campos Neto, como Fernando Haddad e Alexandre Padilha, nenhum defendeu o presidente do BC.
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