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Policial militar do DF é o primeiro brasileiro a virar instrutor em método avançado de resgate de vítimas soterradas

Sistema é considerado o mais eficaz e é utilizado por bombeiros, policiais e exércitos de vários países. Com treinamento, cães encontram vítimas debaixo de até 6 metros de destroços.

O subtenente Ademar Barros é condutor do pelotão BPCães e primeiro brasileiro a virar instrutor certificado no método Arcón. — Foto: TV Globo

O subtenente da Polícia Militar Ademar Barros, do Distrito Federal, é o primeiro brasileiro a se tornar instrutor certificado no método Arcón, considerado o sistema mais eficaz para encontrar pessoas vivas soterradas em desastres naturais. O treinamento aconteceu no Equador.

O método é utilizado por bombeiros, policiais, agentes da Defesa Civil e exércitos de vários países. O Equador promove o curso há 20 anos e apenas quatro instrutores têm o certificado.

Segundo o policial, o método Arcón exige uma relação de respeito e parceria entre o cão e o humano. A diferença é que, na hora da busca ou resgate, o policial precisa entender que é um observador. Além disso, precisa passar confiança para que o cachorro consiga fazer o trabalho. Com essa liberdade, os cães exploram a capacidade máxima olfativa.

“Estamos falando de eficácia e eficiência no trabalho com cães, porque formado pela metodologia tende a explorar o máximo da capacidade física e psicológica para alcançar objetivo que é detecção. Tenho certeza que a qualidade de vida tanto do adestrador quanto do cão será maior. Vai detectar mais rápido e maior quantidade”, explica.

Foram cães habilitados no método, por exemplo, que encontraram pessoas vivas nos escombros do terremoto que destruiu a Turquia e a Síria. Com o treinamento, eles encontram vítimas debaixo de até 6 metros de destroços.

Ainda de acordo com o subtenente Barros, na forma tradicional, os cães são conduzidos o tempo todo pelos policiais e precisam de recompensa a cada ação correta, o que limita o tempo de busca. No método, os cachorros podem ficar até dias seguidos trabalhando em um resgate.

Barros entrou na PM em 1994 e desde então tinha interesse em trabalhar com cães. Dois anos depois, ele se tornou condutor do pelotão BPCães. — Foto: TV Globo
Barros entrou na PM em 1994 e desde então tinha interesse em trabalhar com cães. Dois anos depois, ele se tornou condutor do pelotão BPCães. — Foto: TV Globo.

Barros entrou na PM em 1994 e desde então tinha interesse em trabalhar com cães. Dois anos depois, ele se tornou condutor do pelotão BPCães e, nos últimos 10 anos, se concentrou em estudar o método.

O subtenente já tem convite para levar o treinamento para outros países como Peru e Paraguai. Além disso, vai treinar os 54 cães do batalhão e os 56 treinadores do Distrito Federal.

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