Decisão foi tomada em convenção dos dois partidos realizada em Brasília
A federação PSDB e Cidadania aprovou por unanimidade o apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à presidência da República.
Segundo o presidente do PSDB, Bruno Araújo, o pleito foi acolhido por 19 dos participantes da Executiva das duas siglas. A convenção ocorreu na sede nacional do PSDB, em Brasília, na mesma hora em que é realizada a reunião do MDB, que deve referendar o nome da senadora.
— Nós estamos ultimando um processo que muitos duvidaram — declarou o presidente do Cidadania, Roberto Freire. —- Estamos confiantes e com muito entusiasmo — completou Araújo.
Apesar da alardeada disposição, os dirigentes adiaram a decisão sobre quem será o vice na chapa da emedebista – cabia à federação indicar a vaga, já que o MDB tem a cabeça de chapa.
Bruno Araújo saiu da reunião, dizendo que tentaria chegar a um nome “o mais rápido possível”.
— Se possível no dia de hoje ainda. A partir de amanhã pode ser considerado adiamento — respondeu ele, lembrando que há um prazo legal – até 5 de agosto – para a definição da chapa.
Desde a desistência do ex-governador João Doria (PSDB), o favorito para o cargo era o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), mas ele passou a demonstrar resistências em ser o companheiro de Tebet. O parlamentar passou as últimas semanas afastado da pré-campanha e não acompanhou a senadora em quase nenhuma das viagens que fez pelo país.
Além do parlamentar tucano, outros nomes cotados para o posto de vice são o das senadoras Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Durante a convenção, Tasso evitou falar sobre quem será o vice, mas disse que está com “disposição de quem inicia uma carreira” e que pode atuar pela campanha da colega de Senado “no lugar que for mais necessário”.
Simone Tebet também falou na convenção do PSDB por meio de vídeo. Ela disse que recebia a indicação do PSDB e Cidadania “com alegria” e “como a missão mais nobre da sua vida pública”.
— Essa participação de partidos históricos só aumenta a responsabilidade — declarou ela.
Em sua fala, Tebet declarou que a gestão Bolsonaro passa por um momento de “insensibilidade social e irresponsabilidade fiscal” que agravou a recessão econômica iniciada, segundo ela, “nos governos do PT”.
Tebet tenta se viabilizar como a alternativa às candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lideram as pesquisas de intenções de voto.
— A candidatura dela trará algo de esperança. Não há jogo jogado antes de consultar realmente quem decide: o eleitor — concluiu Araújo.