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China segue defendendo seus interesses nacionais apesar das ameaças norte-americanas, diz analista

A China segue defendendo seus interesses nacionais, em particular os econômicos. Os EUA, por sua vez, não conseguirão influenciar a China, que vai continuar cooperando com a Rússia, os países do BRICS e da OCX, diz o secretário executivo do clube de negócios da OCX, Sergei Kanavsky.

© AP Photo / Mark Schiefelbein
Anteriormente, o Departamento de Estado norte-americano declarou que a China sofreria consequências se ajudasse a Rússia a contornar as sanções. De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, os Estados Unidos, juntamente com dezenas de aliados, faziam a China “pagar caro” caso o gigante asiático começasse a fornecer armas à Rússia ou a ajudasse a contornar as sanções.

“O jogo de muitas partidas entre as autoridades norte-americanas e chinesas continua. Já têm feito várias tentativas de influenciar as atividades chinesas, às vezes com sucesso, às vezes não, mas de modo geral a China segue defendendo os seus interesses nacionais, representados pela realização de programas econômicos, por isso as tentativas dos EUA de exercer pressão sobre a China têm apenas um caráter declarativo”, disse Kanavsky à Sputnik.

Ainda assim, o entrevistado admitiu que a China poderá fazer algumas concessões aos norte-americanos.

“A China vai manter a sua linha principal: desenvolver a cooperação econômica com os países da região, incluindo a Rússia, com os países do BRICS e da OCX [Organização para a Cooperação de Xangai], defendendo os seus interesses. Neste contexto, os norte-americanos não conseguirão influenciar o país”, concluiu o analista.

Antes, os líderes da Rússia e China concordaram em dobrar o comércio bilateral, passando de US$ 100 bilhões (R$ 544 bilhões) para 200 bilhões (R$ 1 trilhão). A meta de US$ 100 bilhões foi alcançada em 2018. Em 2021 o comércio bilateral da Rússia e China cresceu 35,8%, alcançando o recorde de US$ 146,9 bilhões (R$ 799 bilhões).
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