Conforme a pasta, os cientistas ucranianos participaram do projeto P-268, especialmente os da Universidade Nacional Taras Shevchenko em Kiev.
Igor Kirillov, chefe das Forças de Defesa Química, Biológica e Radiológica da Rússia, informou que os empregados do laboratório na povoação de Sorokovka, na região de Carcóvia, realizaram, no âmbito do programa biológico-militar dos EUA, testes de neuromoduladores altamente reativos que provocam danos irreversíveis no sistema nervoso central.
Segundo dados do MD russo, os experimentos eram realizados em pacientes dos hospitais psiquiátricos em Carcóvia desde ao menos o ano de 2011. Uma das curadoras do projeto, a norte-americana Linda Oporto Al-Haroun, visitou várias vezes o laboratório, construído com recursos do Departamento de Defesa dos EUA.
Kirillov apontou ainda que o próprio Washington admitiu a ligação entre o Pentágono e laboratórios biológicos na Ucrânia e nas repúblicas ex-soviéticas.
“Além disso, queria chamar sua atenção que em 9 de junho no site do Pentágono foi publicado um comunicado oficial sobre a atividade biológica dos EUA no território da antiga União Soviética. Neste comunicado, a administração norte-americana reconheceu o fato do financiamento de 46 laboratórios biológicos ucranianos e a ligação entre o Departamento de Defesa dos EUA com o Centro Científico e Tecnológico Ucraniano”, afirmou o representante.
A análise dos documentos sobre a atividade da Agência da Redução de Ameaças à Defesa (DTRA, na sigla em inglês) na Ucrânia mostra que uma de suas tarefas principais é a preparação e treinamento de epidemiologistas de campo, afirmou Igor Kirillov.
Na opinião da entidade, “as explicações” do Pentágono não respondem às verdadeiras questões, na verdade, os EUA estão reforçando o potencial biológico-militar, enquanto a Ucrânia desempenha o papel de polígono.