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Rede pública ganha mais dois sistemas de diagnóstico genético

Com a aquisição dos equipamentos, laboratório de citogenética dobra capacidade de exames

“Os testes eram feitos manualmente e, agora, estão automatizados, acelerando os resultados”Alexandre Lira, diretor-geral do HAB

O Laboratório de Citogenética do Hospital de Apoio de Brasília (HAB) iniciou a operação de dois novos sistemas de cariotipagem nesta sexta-feira (10). Os equipamentos reforçam o diagnóstico e o aconselhamento genético na rede pública do Distrito Federal.

A cariotipagem analisa os cariótipos, que são o conjunto de cromossomos dentro do núcleo de uma célula, para detectar alterações genéticas, como as estruturais e as numéricas. Atualmente, o laboratório realiza 60 exames mensais. Com a aquisição dos dois aparelhos, a unidade dobra a capacidade de análise e atende a fila de espera, que registra mais de 100 pacientes.

O exame de cariótipo auxilia, principalmente, na investigação de doenças raras e geneticamente determinadas, como casos de crianças com má formação congênita, com deficiência intelectual, com autismo, com baixa estatura, com síndrome de Down e todas as outras cromossomopatias | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

“Os testes eram feitos manualmente e agora estão automatizados, acelerando os resultados”, enfatiza Alexandre Lyra, diretor-geral do HAB. Até então, as técnicas do laboratório desenhavam em um caderno todos os cromossomos para, depois, analisar e identificar possíveis alterações.

“Todos os tratamentos na rede pública iniciam a partir do diagnóstico feito com o cariótipo”Maria Teresinha Cardoso, Referência Técnica Distrital (RTD) de doenças raras

Agora, o equipamento permite visualizar em tempo real o material da lâmina. “Esse conjunto de leitura de cariótipo acrescenta qualidade e aumenta a quantidade de exames executados”, destaca a Referência Técnica Distrital (RTD) de doenças raras, Maria Teresinha Cardoso.

Além disso, “o sistema faz uma pré-classificação do cariótipo, o que agiliza muito o nosso processo de análise”, explica a bióloga e assessora técnica do Laboratório de Citogenética, Gabriella Vasconcelos.

O exame de cariótipo auxilia, principalmente, na investigação de doenças raras e geneticamente determinadas, como casos de crianças com má formação congênita, com deficiência intelectual, com autismo, com baixa estatura, com síndrome de Down e todas as outras cromossomopatias.

É utilizado, principalmente, quando a criança nasce com defeito de diferenciação sexual. “Todos os tratamentos na rede pública iniciam a partir do diagnóstico feito com o cariótipo”, afirma a RTD.

A cariotipagem também auxilia no diagnóstico de pacientes adultos, sobretudo os com infertilidade e casais com repetição de abortos. O Laboratório de Citogenética oferece o exame para as unidades de Doenças Raras do HAB e do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

Os aparelhos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado Jorge Vianna, no valor total de R$ 900 mil.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF

 

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