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Setor externo tem deficit de US$ 1,7 bi em setembro, aponta Banco Central

Segundo autarquia, na comparação interanual, superavit comercial reduziu US$ 1,9 bilhão, enquanto deficits em serviços e em renda primária recuaram US$ 391 milhões e US$ 96 milhões, respectivamente

Estatísticas do setor externo mostram que as transações correntes registraram deficit de US$ 1,7 bilhão em setembro de 2021, ante saldo negativo de US$ 346 milhões em setembro de 2020. Em comparação interanual, o superavit comercial reduziu US$ 1,9 bilhão, enquanto os deficits em serviços e em renda primária recuaram US$ 391 milhões e US$ 96 milhões, respectivamente. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (22/10), pelo Banco Central (BC).

O deficit em transações correntes nos 12 meses encerrados em setembro de 2021 somou US$ 20,7 bilhões, que representa 1,30% do PIB; em agosto de 2021, foram US$ 19,3 bilhões, que representa a 1,22% do PIB, e US$ 32,3 bilhões (2,09% do PIB), em setembro de 2020.

O BC apontou que a balança comercial de bens foi superavitária em US$ 2,5 bilhões em setembro de 2021, ante superavit de US$ 4,4 bilhões em setembro de 2020. “As exportações de bens totalizaram US$ 24,5 bilhões em setembro de 2021, aumento de 33,9% ante setembro de 2020, e as importações de bens somaram US$ 22,0 bilhões, incremento de 58,2% na mesma base de comparação. As importações de setembro de 2021 incluíram US$ 1,0 bilhão em operações associadas ao Repetro (US$ 62 milhões em setembro de 2020)”, disse a nota do BC.

Já o deficit na conta de serviços somou US$ 1,4 bilhão em setembro de 2021, redução de 22,3% em relação a setembro de 2020. Segundo o BC, a conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$ 237 milhões no mês, ante US$ 138 milhões em setembro de 2020. “As despesas líquidas de aluguel de equipamentos somaram US$ 615 milhões em setembro de 2021, redução de 30,9% na comparação com setembro de 2020, influenciada pela nacionalização de equipamentos no âmbito do Repetro”, continuou a nota.

Deficit em renda primária
Conforme os dados divulgados, em setembro de 2021, o deficit em renda primária totalizou US$ 3,1 bilhões, ante US$ 3,2 bilhões observados em setembro de 2020. As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$ 2,0 bilhões em setembro de 2021, mesmo patamar observado em setembro de 2020. “Apesar da estabilidade em termos líquidos, houve expansão nos fluxos brutos de lucros e dividendos: as despesas cresceram de US$ 3,4 bilhões para US$ 4,4 bilhões, e as receitas passaram de US$ 1,4 bilhão para US$ 2,5 bilhões, ambas na comparação entre setembro de 2020 e setembro de 2021. As despesas líquidas com juros somaram US$ 1,1 bilhão em setembro de 2021, ante US$ 1,3 bilhão registrados em setembro de 2020”.

Também segundo o BC, as reservas internacionais somaram US$ 368,9 bilhões em setembro de 2021, redução de US$ 1,5 bilhão em comparação a agosto de 2021. O resultado decorreu de retornos líquidos de US$ 930 milhões em linhas com recompra, das contribuições negativas de US$ 1,8 bilhão e US$ 1,2 bilhão, por variações de preço e paridade, respectivamente. A receita de juros totalizou US$ 447 milhões.

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