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Randolfe Rodrigues revela que governo brasileiro ignorou mais de 50 e-mails da Pfizer

O senador Randolfe Rodrigues falou sobre a investigação na CPI e relatou que no último e-mail, de dezembro, a Pfizer pedia desesperadamente alguma informação para o fornecimento das vacinas ao Brasil

(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Covid no Senado, revelou a omissão do Governo Federal nas compras das vacinas contra covid-19. No Twitter, ele afirmou que mais de 50 emails da Pfizer, empresa farmacêutica multinacional, foram ignorados: “CINQUENTA E TRÊS! Na investigação que estamos fazendo na CPI da Pandemia descobrimos que, na verdade, foram 53 e-mails da Pfizer que ficaram sem resposta”.

Segundo ele, o último recebido, do início de dezembro, mostrava a empresa desesperada por alguma resposta e informações do governo para que doses da vacina fossem enviadas ao Brasil: “O último, datado de 2 de dezembro de 2020, é um e-mail desesperador da Pfizer pedindo algum tipo de informação porque eles queriam fornecer vacinas ao Brasil”.

Randolfe relatou ainda que enquanto os emails eram ignorados, o Itamaraty estava pressionando a Índia para que cargar de hidroxocloroquina fossem liberadas a uma empresa brasileira: “Essa omissão na aquisição de vacinas da Pfizer acontecia ao mesmo tempo que o nosso Itamaraty pressionava a Índia para liberar cargas de hidroxocloroquina a uma empresa brasileira”.

O senador apontou a atitude do governo como lobby, crime de acordo com o Artigo 321 do Código Penal: “A atuação do Ministério das Relações Exteriores se assemelha, claramente, à advocacia administrativa, em outras palavras: LOBBY! É isso mesmo, o Governo Brasileiro fazendo Lobby para uma empresa. Isso é CRIME de acordo com o Artigo 321 do Código Penal!”.

 

No mês passado, também em depoimento à CPI da Covid, o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, já havia dito que a carta do laboratório oferecendo 500 mil doses do imunizante contra o novo coronavírus não foi respondida. Segundo ele, a carta era datada de 12 de setembro de 2020, e até novembro do mesmo ano não houve qualquer resposta do governo ao laboratório.

 

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