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País precisa de política industrial de Estado, diz presidente de federação

“Vamos criar condições equânimes antes de cobrar da indústria tantas respostas”, disse Ricardo Alban, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Ele participou de debate promovido pelo Correio sobre a setor químico

(crédito: Reprodução/Youtube)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, disse, nesta quinta-feira (6/5), que o Brasil precisa de uma política industrial de Estado. “Não estou falando de política industrial nos moldes de antigamente, baseada apenas em incentivo fiscal. Mas uma política industrial de Estado, onde se vê o encadeamento produtivo, onde se entenda quais são os posicionamentos estratégicos e se busque a competitividade. Não apenas que a empresa seja eficiente, mas que dê as condições de competitividade”, afirmou.

As falas ocorreram durante o seminário Correio Talks sobre a importância do setor químico, promovido pelo Correio em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). De acordo com Alban, é preciso criar “condições equânimes antes de cobrar da indústria tantas respostas das quais ela já vem sofrendo esse processo claro de desindustrialização”.

O presidente ressaltou que não se pode ter, como acontece hoje, uma matriz energética que deveria ser uma das mais baratas do mundo, mas que é o inverso. Segundo ele, o gás, “que não é só insumo energético, mas é também matéria-prima fundamental”, é um dos mais caros. “Há algum tempo nos foi prometido que o gás cairia sensivelmente de preço. Estamos vendo um processo inverso”, reclamou.

Ele pontuou que o fenômeno não acontece apenas em razão da variação do petróleo ou do dólar. “O movimento do dólar pode ter ajudado, mas o petróleo teve uma descida e recuperou agora um pouco acima do patamar em que estava”, justificou.

Diálogo institucional

Alban ressaltou que é importante manter o diálogo entre o setor e as instituições políticas. “O Congresso é a nossa voz, é a voz de toda a indústria brasileira, não temos dúvida. Gostaríamos de ver o Congresso ter essa mesma empatia conosco como tem com o agronegócio, que é de capital importância, e vamos trabalhar juntos. Não é só a federação do estado da Bahia, mas tenho certeza que do Alagoas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, de São Paulo… Estamos empenhados em trabalharmos juntos e darmos essa demonstração de convergência. Nós queremos encontrar a equação certa para darmos garantia à competitividade da nossa indústria química e petroquímica, mas de uma forma racional, razoável e negociável. Precisamos aprender a dialogar”, pontuou.

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