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Veja quais são os grupos prioritários da vacinação após os idosos

Na fila da prioridade para vacinação, o próximo grupo a ser vacinado contra a covid-19 é o de pessoas com comorbidades. Serão atendidos todos os brasileiros entre 18 e 59 anos nessa situação; há mais 15 grupos

(crédito: Eric Lalmand/AFP)

Ao passo que diversas capitais do país estão perto de iniciar ou já começaram a vacinação contra a covid-19 em idosos a partir de 60 anos, cresce a expectativa para a imunização das demais categorias consideradas preferenciais pelo governo federal no plano nacional de operacionalização da vacinação contra o novo coronavírus. Apesar de o Sistema Único de Saúde (SUS) não ter feito a cobertura vacinal de todo o público-alvo atendido até o momento, o cronograma do Executivo deve prosseguir mesmo assim, visto que o Ministério da Saúde afirma ter convocado para a vacinação boa parte das pessoas que compõem os grupos prioritários já amparados.

Segundo a pasta, o aviso de vacinação foi 100% concluído para cinco categorias preferenciais: pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas (vivem em abrigos ou asilos); pessoas com deficiência institucionalizadas; povos indígenas; pessoas de 70 anos ou mais; e povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas. A convocação de trabalhadores da saúde, por sua vez, está na casa dos 97%. Já a taxa de pessoas de 65 a 69 anos que foram chamadas para a imunização é de aproximadamente 53%.

Contudo, por enquanto, a Saúde registra que 10.834.610 pessoas que fazem parte desses grupos foram vacinadas com as duas doses dos imunizantes que são distribuídos atualmente no Brasil, a CoronaVac, produzida pela farmacêutica Sinovac com o Instituto Butantan, e a Covishield, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esse número corresponde a apenas 36% da população que compõe essas categorias, calculada pelo governo federal em 29.459.663 pessoas.

O ministério ainda não tem o percentual de quantas pessoas entre 60 e 64 anos foram convocadas para serem imunizadas, mas contabiliza que 2.788.979 já receberam a vacina, sendo 2.601.558 com a primeira dose e 187.421 com a segunda. A estimativa da Saúde é de atender 9.383.724 brasileiros dentro dessa faixa etária. De acordo com os números atuais, portanto, menos de 2% desse grupo de prioridade completou o ciclo vacinal.

Mesmo longe de atingir as expectativas, o Executivo garante que todas as pessoas elencadas como prioritárias no plano nacional de operacionalização da vacinação contra o novo coronavírus, estimadas em 77.279.644 pessoas, serão atendidas na integralidade, “entretanto de forma escalonada por conta de não dispor de doses de vacinas imediatas para vacinar todos os grupos em etapa única”.

Sobre as demais categorias que serão contempladas após os idosos com 60 anos ou mais, o governo diz que essa etapa acontecerá “em fases ainda a serem definidas, as quais serão comunicadas a estados e municípios por meio de informes técnicos”.

16 grupos

Na fila da prioridade para vacinação, o próximo grupo a ser vacinado contra a covid-19 é o de pessoas com comorbidades. Serão atendidos todos os brasileiros entre 18 e 59 anos nessa situação. Caso haja a necessidade de vacinar o grupo de pessoas com comorbidades em etapas, a orientação do Ministério da Saúde é de iniciar a imunização pelas faixas de idade mais velhas.

São 22 as comorbidades incluídas como prioritárias para vacinação contra o novo coronavírus, entre elas obesidade mórbida, diabetes, insuficiência cardíaca, síndrome de Down, doenças cardiovasculares e doenças renais crônicas. O público-alvo desse grupo é avaliado pelo governo federal em 17.796.450 pessoas.

Ainda há outras 15 categorias entre as consideradas preferenciais pelo Executivo. As mais populosas, na estimativa do Ministério da Saúde, são as de pessoas com deficiência permanente, trabalhadores industriais, trabalhadores da educação dos ensinos básico e superior.

O governo não incluiu gestantes, puérperas e lactantes como prioridade no plano de imunização, mas diz que mulheres nessa situação podem ser vacinadas caso façam parte de outro grupo preferencial. “Para as mulheres pertencentes ao grupo de risco e nestas condições, a vacinação poderá ser realizada após avaliação cautelosa dos riscos e benefícios e com decisão compartilhada, entre a mulher e seu médico prescritor”, orienta a Saúde. (AF)

Lista de comorbidades

Diabetes; pneumopatias crônicas graves; hipertensão arterial resistente; hipertensão arterial estágio 3; hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade; doenças cardiovasculares; insuficiência cardíaca; cor-pulmonale e hipertensão pulmonar; cardiopatia hipertensiva; síndromes coronarianas; valvopatias; miocardiopatias e pericardiopatias; doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas; arritmias cardíacas; cardiopatias congênita no adulto; próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados; doença cerebrovascular; doença renal crônica; imunossuprimidos; anemia falciforme; obesidade mórbida; síndrome de Down; e cirrose hepática.

Grupos prioritários da vacinação após os idosos*

Comorbidades – 17.796.450 pessoas
Pessoas com deficiência permanente – 7.749.058 pessoas
Pessoas em situação de rua – 66.963 pessoas
População privada de liberdade – 753.966 pessoas
Funcionários do sistema de privação de liberdade – 108.949 pessoas
Trabalhadores da educação do ensino básico – 2.707.200 pessoas
Trabalhadores da educação do ensino superior – 719.818 pessoas
Forças de segurança e salvamento – 584.256 pessoas
Forças Armadas – 364.036 pessoas
Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros – 678.264 pessoas
Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário – 73.504 pessoas
Trabalhadores de transporte aéreo – 116.529 pessoas
Trabalhadores de transporte de aquaviário – 41.515 pessoas
Caminhoneiros – 1.241.061 pessoas
Trabalhadores portuários – 111.397 pessoas
Trabalhadores industriais – 5.323.291 pessoas

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