Polícia prendeu tanto o homem como a cunhada dele, que disseram apenas estar guardando o ilícito para terceiros. Eles passam por audiência de custódia nesta quinta-feira (17), em Campo Grande.
Uma denúncia anônima levou a polícia a uma casa no Jardim Aeroporto, em Campo Grande, onde estavam escondidos 262 kg de explosivos. A investigação durou cerca de 10 dias e tanto um homem de 26 anos, como a cunhada dele, de 24 anos, foram presos. O flagrante ocorreu no dia anterior e eles passam por audiência de custódia, nesta quinta-feira (17).
O delegado Gustavo Ferraris, responsável pelas investigações, disse que a carga estava embaixo da cama, onde o suspeito dormia com a esposa. “Nós conseguimos identificar os envolvidos e fomos até o local. De início, ele negou que tivesse algo ilícito dentro da casa, mas, depois achamos tanto no quarto como o cordel detonador na cozinha, um local quente que, uma vez acionado, detonaria todos os explosivos”, explicou.
Conforme Ferraris, foram apreendidas 131 unidades de emulsão explosiva encartuchada, popularmente conhecido como banana de dinamite e que pesaram 262 kg. Já os rolos de cordel detonador eram tanto de NP5 como NP10, explosivos “muito fortes” e que estavam escondidos em uma armário da cozinha.
Questionado sobre os fatos, o homem disse que estava “apenas guardando” o material ilícito para a cunhada. Os policiais também foram até a casa dela, no Zé Pereira, e a interrogaram. A mulher também negou envolvimento e disse que os explosivos estavam sendo guardados a pedido do ex-marido dela.
“Nós contamos com o apoio do Garras [Delegacia Especializada de Repressão à Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros] e descobrimos que estes explosivos foram roubados da Pedreira São Luiz, em Terenos, no dia 26 de dezembro de 2016. Desde então, esse material estaria passando por vários locais. Houve a instauração de inquérito e agora vamos verificar se eles tem envolvimento com alguma organização criminosa”, explicou o delegado.
Os envolvidos vão responder por posse ilegal de artefato explosivo, com pena que varia de 3 a 6 anos de prisão.