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Dólar recua após Gilead afirmar que remédio teve eficácia contra Covid-19

Segundo farmacêutica, remdesivir reduz em até 62% chance de mortalidade por coronavírus

Dólar: moeda americana deve fechar semana em alta contra o real (Pixabay/Reprodução)

O dólar recua na tarde desta sexta-feira, 9, refletindo o otimismo dos investidores com o anúncio da Gilead de que seu medicamento remdesivir teve eficácia contra o coronavírus. Segundo a farmacêutica, o remédio reduziu a mortalidade da Covid-19 em 62%.

Às 16h10, o dólar comercial permanecia caía 0,4% e era vendido por 5,322 reais. O dólar turismo, com menor liquidez, recuava 0,5%, cotado a 5,61 reais.

“A eficácia do remédio reduz a chance de o sistema de saúde colapsar. O pessoal também perde o medo sair de casa, o que ajuda a economia a voltar mais rápido”, comentou Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research. Nos EUA, o medicamento, ainda em fase experimental, teve seu uso autorizado pelo órgão fiscalizador (FDA, na sigla) para casos graves de Covid-19.

No exterior, o dólar também se desvaloriza em relação a algumas moedas emergentes, como o peso mexicano e o rublo russo.

Apesar tom positivo no mercado de câmbio, pela manhã, o dólar abriu em alta contra o real, com  a aior aversão a risco, após os Estados Unidos voltarem a registrar novo recorde diário de casos de coronavírus

De acordo com o The Wall Street Journal, os novos casos de coronavírus registrados em um único dia superaram 63.000. Por lá, hospitais de estados, como Texas e Califórnia, enfrentam dificuldades para acomodar novos pacientes. Ao todo, o país já tem mais de 3,1 milhões infectados e 133.291 mortos pela doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Os investidores temem que o contínuo avanço do coronavírus nos Estados Unidos prejudique a recuperação econômica, conforme processos de reabertura são adiados em estados mais atingidos pelo vírus.

No cenário interno, as atenções se voltaram ao do IPCA de junho, que ficou em 0,26%, levemente abaixo das projeções de mercado de alta de 0,29% em relação ao mês anterior. Já dados sobre o setor de serviços ficaram muito abaixo do esperado, apontando para uma contração de 0,9% em maio contra o mês anterior. A expectativa era de uma expansão de 5,2%.

“O resultado de serviços tira o peso da probabilidade de manutenção do juro na próxima reunião do Copom. Mas até lá ainda teremos dados do mercado de trabalho brasileiro, que será fundamental para a decisão. Hoje ainda vemos um corte de 0,25 ponto percentual”, afirmou Arthur Mota, economista da Exame Research.

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