Pesquisadores na Pensilvânia avançam em estudo sobre dispositivo que caiba numa bolsa para desinfectar ambientes
Carteira, celular, batom e… um porta-raio ultravioleta (UV). Cientistas da Universidade de Penn State, na Pensilvânia, acreditam que esse objeto pode fazer parte dos itens de bolsa num futuro próximo, para combater o novo coronavírus.
Os pesquisadores norte-americanos trabalham na criação de um dispositivo portátil que comporte a radiação ultravioleta. A intenção é usar o aparelho compacto para descontaminar superfícies, como metais, vidros, plásticos, porcelanas e madeiras.
Já usada para desinfetar transportes públicos, aviões e hospitais pelo mundo, a tecnologia, contudo, ainda carece de comprovação contra o novo coronavírus.
Atualmente, os dispositivos usados para eliminar outros vírus são volumosos e caros. Isso porque as superfícies precisam ser expostas a doses extremamente altas para garantir a destruição.
O desafio dos cientistas, então, é condensar essa alta dose de UV em algo portátil. Ainda que consigam avançar nesse trabalho, os pesquisadores avisam que a luz UV dessa intensidade seria perigosa para a pele e aos olhos humanos.
Esse, inclusive, é considerado um outro objetivo, mais para frente.
Rodo em São Carlos
No Brasil, uma experiência com raio UV foi anunciada no fim de março. O Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, cedeu à Santa Casa da Misericórdia de São Carlos dois rodos especiais para desinfectar os pisos do hospital.
O aparelho criado pelo grupo de óptica do IFSC emite radiação ultravioleta (UV) para a descontaminação dos pisos, evitando a propagação do vírus pelos sapatos.