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Apesar da crise, brasileiros devem aumentar envio de dinheiro ao exterior

Pesquisa do Grupo Croma encomendada pela Remessa Online aponta que renda informal não é impeditivo para as transferências acontecerem

Pesquisa apontou que o dólar foi a principal moeda movimentada, usado em mais de 70% das transações, e os Estados Unidos foi o país mais mencionado nas operações. iStockphoto/Getty Images

Apesar da atual conjuntura, a expectativa é que os brasileiros intensifiquem as remessas internacionais neste ano. As operações de envio de dinheiro ao exterior devem crescer 31% e as de recebimento de dinheiro internacional terão um aumento de 42% até o final do ano. Os dados inéditos fazem parte de uma pesquisa do Grupo Croma a pedido da Remessa Online, plataforma brasileira de transferências internacionais.

A pesquisa apontou ainda que a baixa renda não é um impeditivo para realizar as movimentações. Apenas metade dos entrevistados possui uma situação de trabalho estável (profissionais empregados em período integral) e que a renda sem previsibilidade não impede as transações – o que acontece é que elas acabam sendo realizadas por um ticket médio anual mais baixo. A maioria realiza até seis operações por ano, movimentando até R$ 5 mil em cada uma.

Outro fator de destaque foi a ausência de planejamento das operações: para 55%, as remessas acontecem conforme a necessidade, sem organização prévia. A pesquisa ouviu mais de 1.000 pessoas de todas as regiões do Brasil que realizaram alguma transação para fora do país nos últimos 12 meses.

O dólar foi a principal moeda movimentada, usado em mais de 70% das transações, e os Estados Unidos foi o país mais mencionado nas operações de envio e recebimento de valor (59%), seguido por Portugal (13%), Inglaterra (12%) e Espanha (8%).

A pesquisa mostra também a força do digital – em especial nas operações de envio e de recebimento entre contas, em que 75% dos que enviaram dinheiro e 84% dos que receberam dinheiro do exterior realizam a operação online.

“Com as relações de trabalho cada vez mais globalizadas, modelos remotos em que os processos acontecem mesmo com o empregador e o prestador de serviço estando em diferentes países estão ficando cada vez mais comum, o que impacta diretamente no fluxo de valores transacionados” comenta Alexandre Liuzzi, co-fundador e diretor de estratégia da Remessa Online.

 

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