Dados industriais da China e da Europa sugerem que o pior já ficou para trás
O dólar oscila sem direção definida contra o real, nesta segunda-feira, refletindo a maior cautela entre os investidores sobre o conflito comercial entre China e Estados Unidos, após a agência Bloomberg noticiar que o gigante asiático disse para as empresas estatais interromperem compras de produtos agrícolas americanos. Às 9h40, o dólar comercial permanecia praticamente estável, sendo vendido por 5,339 reais. O dólar turismo, com menor liquidez, subia 0,2%, cotado a 5,63 reais.
A relação entre os dois países, que já vinha azeda, se deteriorou ainda mais na semana passada, quando o parlamento chinês aprovou a lei de segurança nacional sobre Hong Kong, visto como uma tentativa de aumentar o controle sobre o território autônomo. Na sexta-feira, o presidente Donald Trump anunciou retaliações à medida, mas não ameaçou a primeira fase do acordo comercial.As tensões sino-americanas, por outro lado, contrastam com o otimismo com a recuperação econômica no mundo. Nesta segunda, a China voltou a apresentar números fortes.
Divulgado ainda na noite de domingo, o o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial chinês ficou em 50,7 pontos, acima dos 50 pontos, que delimitam a expansão da contração da atividade.
Os números da indústria também vieram positivos na zona do Euro. Embora ainda tenha ficado abaixo dos 50 pontos, 39,4 pontos o PMI europeu de maio veio quase em linha com as expectativas e melhor do que o 33,4 pontos registrados em abril.
“Os dados da indústria na China e Europa podem indicar que o mês de maio já mostrou uma retomada e o pior tenha ficado para trás”, afirmaram analistas da Necton Investimentos em relatório desta manhã.