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Dólar sobe com temores sobre segunda onda do coronavírus

Registro de novos casos em países que afrouxaram isolamento social aumenta incerteza sobre reabertura econômica

Dólar: na última sessão, a moeda americana fechou em queda de 1,71%, (Pixabay/Reprodução)

O dólar sobe frente ao real, nesta segunda-feira, 11, puxado pelo cenário externo, que repercute o aumento de casos de coronavírus covid-19 registrados em países que experimentaram um afrouxamento do isolamento social, como Alemanha, China e Coreica do Sul. Às 9h30, o dólar comercial avançava 0,9% e era vendido por 5,790 reais. O dólar turismo valorizava-se 0,8%, cotado a 6,11 reais.

Na Coreia do Sul, tido como um dos países que melhor controlaram a pandemia, um novo foco da doença surgiu em bairro de Seul conhecido por sua vida noturna. O aumento de infectados fez o país voltar atrás e fechar bares e baladas novamente.“O receio de uma segunda onda da doença tem levado os investidores a fugir do risco”, disse Jefferson Ruik, diretor de câmbio da corretora Correparti.

A busca por proteção em meio às incertezas também tem feito o dólar se apreciar em outras economias emergentes. Nesta manhã, além do real, o peso mexicano e a rúpia indiana também se desvalorizaram em relação à moeda americana.

No cenário interno, as atenções estão voltadas para o campo político. A expectativa dos investidores é a de que o presidente Jair Bolsonaro vete do pacote de auxílio aos estados e municípios a possibilidade de reajuste salarial para os servidores. “Ele deixou nas entrelinhas que vai vetar. Isso traz uma paz”, disse Ruik. Caso isso não ocorra, a política pode voltar a pesar negativamente.

Na sexta-feira, 8, o dólar comercial à vista caiu 1,7% e fechou cotado a 5,740 reais. Na alta foi de 5,56%, tendo como pano de fundo o corte da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, acima das expectativas de mercado, para 3% ao ano. No boletim Focus desta segunda, a mediana dos economistas já aponta para uma Selic de 2,5% ao ano no fim de 2020. Na última reunião, foi sinalizado que pode haver mais um corte de até 0,75 ponto percentual.

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